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Filomena Henrique da Silva


Em 23 de abril de 2014, Filomena Henrique da Silva, aluna de mestrado do programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica, bolsista CNPq, defendeu sua Dissertação de Mestrado intitulada
“Florística e estrutura do estrato inferior de floresta em áreas adjacentes às trilhas do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil”.

A banca examinadora foi presidida pelo Drª. Maria Margarida da Rocha Fiuza de Melo, do Núcleo de Pesquisa Curadoria do Herbário (IBt) e contou com a participação do Dr. Eduardo Pereira Cabral Gomes (IBt) e da Drª Natália Macedo Ivanauskas (IF).


Florística e estrutura do estrato inferior de floresta em áreas adjacentes às trilhas do
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil


RESUMO

O estrato inferior da floresta compreende variadas formas de vida que podem residir neste estrato durante todo o seu ciclo de vida ou que o habitam temporariamente, participando da formação dos estratos superiores. Realizou-se o estudo florístico e fitossociológico do estrato inferior em trecho de Floresta Ombrófila Densa que margeia trilhas no Parque Estadual Fontes do Ipiranga (PEFI), SP, Brasil, durante o período de março de 2012 a março de 2013. As áreas amostrais foram instaladas em fragmentos florestais adjacentes às trilhas Terra Batida (TTB), Nascente (TN) e Reserva Biológica (TRB), as quais foram classificadas de acordo com o seu grau de impacto, respectivamente, em alto, médio e baixo. O critério de inclusão dos espécimes coletados foi estabelecido de acordo com as alturas, estabelecendo-se como mínima 10 cm e máxima 150 cm. Tal critério possibilitou a amostragem de diferentes formas de crescimento (Arbórea, Arbustiva, Hemiepífita, Herbácea, Holoepífita, Palmeira, Pteridófita, Trepadeira e Indeterminada). O estudo da composição de espécies amostrou 287 táxons, dos quais 176 foram identificados em nível de espécie, 25 em famílias ou divisão, 47 em gêneros e 39 morfoespécies. As famílias com maior riqueza em espécies foram Rubiaceae (14), Myrtaceae (11), Sapindaceae (9), Poaceae e Fabaceae (7 cada). Para a análise quantitativa foram amostrados 120 m², distribuídos em 40 parcelas de 1 m² em cada trilha e em cada estação – seca e úmida, tendo sido amostrados 2.192 indivíduos. A TTB apresentou a maior abundância (971 indivíduos) e maior riqueza (178 táxons); seguida pela TN com 686 indivíduos, em 103 táxons; e TRB com menor grau de impacto, apresentando 535 indivíduos em 133 táxons. Em relação às formas de crescimento encontradas no estrato inferior da floresta, as mais representativas foram Palmeira, Arbórea e Herbácea em relação ao número de indivíduos. O índice de diversidade de Shannon (H’) para as unidades amostrais das três trilhas estudadas foi 4,056 nats ind-1 e a equabilidade (J) foi 0,717, o que mostra a alta diversidade encontrada. O conjunto dos resultados aponta que, para o estrato inferior em áreas florestais adjacentes a trilhas, o fator mais relevante parece ser o histórico de uso da área e a incidência da luz que chega até o chão da floresta; o grau de perturbação provocado pelo uso da trilha não afeta diretamente a composição de espécies e estrutura desse estrato.

Palavras chave: estação climática, floresta urbana, formas de crescimento, Mata Atlântica, plântulas


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Florística e estrutura do estrato inferior de floresta em áreas adjacentes às trilhas do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil


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