Marcelo Augusto Meratti de Oliveira
Em 11 de abril de 2014, no anfiteatro do Instituto de Botânica (IBt-SP), Marcelo Augusto Meratti de Oliveira, aluno de mestrado do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), defendeu a sua dissertação intitulada: “Potencial de regeneração de um fragmento de Floresta Baixa de Restinga, em Ilha Comprida, SP, degradado para cultivo agrícola”.
A banca examinadora foi presidida pelo Dr. Nelson Augusto dos Santos-Junior (IBt-SP), e contou com a participação do Prof. Dr. Pablo Garcia Carrasco (Universidade São Judas Tadeu) e do Dr. José Marcos Barbosa (IBt-SP).
Dr. Pablo Garcia Carrasco (Universidade São Judas Tadeu), Dr. José Marcos Barbosa (IBt-SP), o aluno Marcelo Augusto Meratti de Oliveira e o
Dr. Nelson Augusto dos Santos-Junior (IBt-SP)
Potencial de regeneração de um fragmento de Floresta Baixa de Restinga, em Ilha Comprida, SP,
degradado para cultivo agrícola
RESUMO
O principal meio de regeneração das espécies arbóreas tropicais dá-se por intermédio da chuva de sementes, do banco de sementes do solo e por meio do banco de plântulas que se estabelece no chão da floresta. Neste sentido, compreender a dinâmica da vegetação é essencial na definição de estratégias de restauração e de conservação ambiental. O objetivo deste estudo foi caracterizar a composição da chuva e do banco de sementes de uma floresta baixa de restinga que foi degradada para fins agrícolas, no intuito de verificar o aporte e o estabelecimento dos diásporos na área para avaliar sua regeneração natural e contribuição de remanescentes próximos para o processo. As amostragens foram realizadas ao longo de um ano na APA de Ilha Comprida, em um trecho de floresta baixa de restinga degradada em 2001. Para as coletas mensais da chuva de sementes, foram instalados dez coletores (1m² cada) e para as coletas trimestrais do banco de sementes utilizou-se um gabarito (0,25m²), amostrando-se 10m² de solo. Para o estudo fitossociológico, foram avaliados 250m², subdivididos em parcelas onde amostrou-se indivíduos arbóreos com PAP ≥9cm. Na chuva e no banco de sementes foram amostrados 1627 e 2986 diásporos respectivamente, e 361 indivíduos arbóreos no estudo fitossociológico (11 famílias, 15 gêneros e 24 espécies). Dentre estas, seis espécies foram as mais abundantes sendo que Erythroxylum amplifolium, Maytenus robusta e Myrcia ilheosensis contribuíram com a chuva de sementes e E. amplifolium e M. ilheoensis com o banco de sementes. Na chuva de sementes, foi verificado o predomínio de espécies pioneiras, arbustivas e com síndrome zoocórica, e, no banco de sementes, novamente o predomínio de espécies pioneiras, porém com predomínio do porte herbáceo e síndrome de dispersão anemocórica. A composição da chuva e do banco de sementes encontrados neste estudo indica que, apesar da degradação da área, a mesma possui potencial para se regenerar naturalmente e além disso, o fragmento adjacente contribuiu de forma positiva para ambos os processos.
Palavras-chave: Semente, Dispersão, Dinâmica.
Marcelo Augusto Meratti de Oliveira
Potencial de regeneração de um fragmento de Floresta Baixa de Restinga, em Ilha Comprida, SP,
degradado para cultivo agrícola
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