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Hebert Kondrat


Em 24 de abril de 2014, no anfiteatro do Instituto de Botânica (IBt-SP), Hebert Kondrat, aluno de mestrado do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, defendeu sua dissertação intitulada:
“Dinâmica da Comunidade Vegetal de Remanescente de Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo”.

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A banca examinadora foi composta pelo Prof. Dr. Eduardo Pereira Cabral Gomes (Instituto de Botânica – SP), Dr. Frederico Alexandre Roccia Dal Pozzo Arzolla (Instituto Florestal -SP) e Dra. Adriana Maria Zanforlin Martini (Universidade de São Paulo – SP)


Dinâmica da Comunidade Vegetal de Remanescente de Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo


RESUMO

A restauração e conservação dos remanescentes florestais são dependentes do entendimento da dinâmica das comunidades vegetais. Diversos estudos em florestas tropicais maduras e contínuas têm registrado as taxas de mortalidade e recrutamento de árvores na busca de informações sobre a dinâmica e a estrutura das comunidades. Entretanto, tornam-se cada vez mais urgentes, principalmente para o manejo, estudos dedicados aos diferentes estratos florestais e formas de vida em fragmentos florestais urbanos. O presente estudo apresenta uma síntese de seis anos e meio da dinâmica de diferentes classes de tamanho de árvores, arbustos e trepadeiras, e da riqueza em um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo. O estudo foi desenvolvido em 10 transecções permanentes de 2 m x 50 m, instaladas em 2006, em uma das áreas em melhor estado de conservação no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga em São Paulo, SP. Todos os indivíduos com ao menos um caule de diâmetro a 1,3 m do solo (DAP) ≥ 2,5 cm foram amostrados, incluindo as trepadeiras. No local, 10 subtransecções de 1 m x 50 m também foram consideradas para a amostragem das plantas do sub-bosque com DAP < 2,5 cm e altura > 1 m. Em 2012, foram quantificados os indivíduos mortos, os recrutados e calculadas as taxas de mortalidade, recrutamento e crescimento das árvores e arbustos. A dinâmica de dois grupos sucessionais (plantas Iniciais e Tardias) também foi avaliada. No total, foram amostrados 903 indivíduos, 125 espécies pertencentes à comunidade arbustivo-arbórea (38 famílias), 16 ameaçadas e 58 ausentes no Plano de Manejo do Parque (9 ameaçadas). A maior parte das espécies foi classificada no grupo das Tardias. As trepadeiras foram as mais rotativas da comunidade. As árvores e arbustos de maior e menor tamanho apresentaram a maior mortalidade da sinúsia, destas plantas, as de menor tamanho foram as mais dinâmicas, com o maior recrutamento. O lento crescimento, a morte e o baixo recrutamento de árvores e lianas de maior tamanho na comunidade podem resultar da disponibilidade de recursos e condições locais, o que precisa ser testado. Ainda que completamente isolada e submetida a diversos fatores perturbadores, a área apresenta progressão para estádios mais avançados. A regeneração de espécies tardias foi a predominante. O remanescente mantém rica biodiversidade, importante fonte de propágulos para fragmentos próximos, representada principalmente por espécies de florestas maduras.

Palavras-chave: dinâmica florestal, floresta secundária, parcelas permanentes, turnover.


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Dinâmica da Comunidade Vegetal de Remanescente de Mata Atlântica na Região Metropolitana de São Paulo


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