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Aline Forgatti Hell


Em 10 de setembro de 2014, Aline Forgatti Hell, aluna de mestrado do programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica, bolsista CAPES, defendeu sua Dissertação de Mestrado intitulada,
“Alterações metabólicas em função de variáveis ambientais e sua contribuição para a tolerância à perda de água em sementes de Eugenia pyriformis Cambess.”,

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A banca examinadora foi presidida pelo seu orientador, Prof. Dr. Danilo da Cruz Centeno (UFABC) e composta pelo Prof. Dr. Gustavo Maia Souza (UNOESTE) e pelo pesquisador Dr. Claudio José Barbedo (Núcleo de Pesquisa em Sementes – IBt/SP).

O projeto desenvolvido buscou avaliar a contribuição das alterações bioquímicas e fisiológicas para a tolerância a perda de água em sementes de Eugenia pyriformis Cambess e suas relações com variáveis ambientais. Para tanto, foram estudados aspectos fisiológicos e bioquímicos de sementes de E. pyriformis provenientes de diferentes origens. Foi verificado o aumento de sacarose e polióis ao longo da secagem, sendo as sementes mais tolerantes à perda de água aquelas que apresentaram quantidades superiores desses compostos protetores.


Alterações metabólicas em função de variáveis ambientais e sua contribuição para a tolerância à perda de água em sementes de Eugenia pyriformis Cambess.


RESUMO

Sementes recalcitrantes de espécies nativas representam um grande desafio àqueles que necessitam armazená-las com o propósito de conservação do germoplasma. Desta maneira, torna-se importante entender os mecanismos envolvidos na sensibilidade de sementes à dessecação. Eugenia pyriformis Cambess., espécie  arbórea  nativa  do  Brasil,  apresenta  sementes difíceis  de  serem  armazenadas,  devido  à sensibilidade  à  dessecação  e  às  baixas  temperaturas. Assim, torna-se de extrema importância o conhecimento de aspectos biológicos, que possibilitem maior compreensão sobre a tolerância à perda de água dessa espécie. Neste estudo avaliaram-se as alterações no metabolismo relacionadas ao comportamento recalcitrante de sementes de E. pyriformis, bem como a influência das condições hídricas e térmicas, para este processo. Para isso foram coletadas sementes de E. pyriformis nos municípios de Ribeirão Preto (SP), Lavras (MG), Campinas (SP), São Paulo (SP), Pariquera-açu (SP) e Jumirim (SP). Os resultados sugerem que sementes recém dispersas de E. pyriformis oriundas de diferentes regiões, apresentam o metabolismo distinto e corroboram com a hipótese de que variações ambientais contribuem para diferenças fenotípicas, sendo o somatório de graus-dia, temperatura máxima e a chuva acumulada, dentre as variáveis analisadas, importantes fatores de contribuição para o desenvolvimento de sementes de E. pyriformis. Entretanto, estas variações não afetaram, em geral, as taxas de germinação e produção de plântulas normais, tampouco o vigor de sementes de E. pyriformis recém dispersas. No entanto, quando submetidas aos tratamentos de secagem os resultados demonstraram variações no grau de tolerância à perda de água entre sementes de diferentes origens. A análise de perfil metabólico demonstrou haver o aumento de sacarose e polióis ao longo da secagem, sendo as sementes mais tolerantes à perda de água aquelas que apresentaram quantidades superiores desses compostos protetores. Acredita-se que as sementes que toleraram mais a perda de água tenham avançado mais no período de maturação.

Palavras-chave: Myrtaceae, sementes, dessecação, perfil metabólico


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Alterações metabólicas em função de variáveis ambientais e sua contribuição
para a tolerância à perda de água em sementes de Eugenia pyriformis Cambess.


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