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Nelson Menolli Junior


Nelson Menolli Junior, aluno do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente,
defendeu no dia 11 de outubro de 2013 sua tese de doutorado intitulada
“O gênero Pluteus no Brasil: revisão taxonômica e contribuição à filogenia molecular”.

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A banca examinadora foi composta pela sua orientadora Dra. Marina Capelari (Instituto de Botânica), Dr. Vagner Gularte Cortez (Universidade Federal do Paraná), Dr. Aníbal Alves de Carvalho Júnior (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Dra. Rosely Ana Piccolo Grandi (Instituto de Botânica), Dra. Iracema Helena Schoenlein Crusius (Instituto de Botânica).Dr. Aníbal Alves de Carvalho Júnior, Dra. Marina Capelari, o aluno Nelson Menolli Junior,
Dra. Rosely Ana Piccolo Grandi, Dr. Vagner Gularte Cortez, Dra. Iracema Helena Schoenlein Crusius


O gênero Pluteus no Brasil: revisão taxonômica e contribuição à filogenia molecular


RESUMO

Pluteus é o gênero mais representativo de Pluteaceae e também o com maior número de registros para o Brasil, porém, na maioria, os registros são incompletos e duvidosos. Baseado em dados moleculares e em características da superfície pilear e dos pleurocistídios, o gênero está dividido em três seções (PluteusCelluloderma e Hispidoderma), todas elas com representantes em território brasileiro. Este estudo foi feito com base em análises morfológicas de materiais depositados em herbários ou a partir de novas coletas em diversas regiões e também, sempre que possível, a partir da revisão de espécimes-tipo ou da obtenção de sequências de DNAr (ITS) para os estudos moleculares. Foram listadas 333 exsicatas de Pluteus, porém 50 materiais não foram localizados ou estavam impossibilitados para empréstimo. Outras 115 coleções estavam em condições insuficientes para estudo ou representam espécies de outros gêneros. Foram reconhecidas 48 espécies, incluindo nove novos registros e 11 espécies novas, distribuídas em 11 estados brasileiros (Amazonas, Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina e São Paulo). A revisão morfológica das coleções brasileiras de P. amazonicusP. aquosusP. fallax P. paraensis não foi possível, pois os materiais não foram localizados ou estavam mal preservados. Mesmo assim, essas espécies foram consideradas como ocorrentes no Brasil devido à descrição diagnóstica apresentada pelos autores. A seção Celluloderma é a que tem maior representatividade, com 32 espécies, incluindo dez espécies novas para ciência (P. anomocystidiatus, P. aureolatusP. brunneocrinitus,P. cebolinhae, P. crassus, P. crinitus, P. hispidulussimilis, P. karstedtianus, P. necopinatus P. paucicystidiatus) e cinco novos registros para o país (P. eludensP. fusconigricansP. homolaeP. sapiicola e P. striatocystis). A seção Hispidoderma está representada por nove espécies, incluindo quatro novos registros (P. argentinensisP. chusqueaeP. maculosipes P. velutinus) e uma espécie nova (P. neochrysaegis), enquanto que a seção Pluteus está representada por sete espécies, sendo todas elas previamente publicadas para o país e apenas revisadas neste trabalho. A obtenção de sequências de ITS foi possível para 26 das 48 espécies, sendo que oito das 11 espécies novas são propostas com suporte molecular, possibilitando a inserção de sequências de materiais brasileiros na filogenia global do gênero e contribuindo para estabelecer relações entre espécimes geograficamente separados. Uma chave de identificação para as espécies também é apresentada.

Palavras-chaveAgaricalesBasidiomycotaPluteaceae, Taxonomia, ITS



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