Ludmila Raggi
No dia 28 de fevereiro de 2013, a aluna da Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt), Ludmila Raggi (Bolsista CNPq), defendeu sua tese de doutorado intitulada
“Teor, composição química e atividade biológica de óleos voláteis de Sphagneticola trilobata (L.) Pruski e
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. (Asteraceae).
A banca examinadora foi composta pela Dra. Miriam Anders Apel (UFRGS), Dra Carmen Lucia Queiroga (CPQBA/UNICAMP), Dra. Kelly Simões (BASF) Dra. Maria Cláudia Marx Young (Orientadora (IBt) e Dr. João Henrique G. Lago (UNIFESP).
Os resultados obtidos a partir do estudo visam ampliar o conhecimento a respeito dos óleos voláteis de plantas com potencial uso medicinal. Foi possível observar que aspectos como sazonalidade e localização geográfica alteram a composição química dos óleos voláteis de S. trilobata. Para a espécie P. ruderale conhecida popularmente como arnica, foram estudadas duas subespécies, P. ruderale subsp. macrocephalum e P. ruderale subsp. ruderale no qual se diferenciam em relação a
composição química dos óleos voláteis independendo do local em que é cultivada.
Teor, composição química e atividade biológica de óleos voláteis de
Sphagneticola trilobata (L.) Pruski e Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. (Asteraceae)
RESUMO
Sphagneticola trilobata Pruski e Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. (Asteraceae) são conhecidas popularmente como vedélia e arnica, respectivamente. Considerando que diferenças climáticas, localização geográfica e diferentes fases do desenvolvimento vegetal são fatores que alteram a composição química de óleos voláteis, este trabalho teve como objetivos: comparar a composição química dos óleos voláteis de S. trilobata sob aspectos sazonais, regionais (avaliando a atividade antifúngica nestes dois casos), diuturnos e sob incremento de CO2 atmosférico; e comparar a composição química dos óleos voláteis de Porophyllum ruderale subsp. macrocephalume P. ruderale subs. ruderale sob aspectos regionais e de desenvolvimento. Partes aéreas e folhas frescas foram hidrodestiladas em aparelho do tipo Clevenger durante quatro horas e o óleo foi analisado por CG/MS. A atividade antifúngica foi realizada pelo método de bioautografia frente aos fungos Cladosporium sphaerospermum e C. cladosporioides. A composição química dos óleos voláteis de S. trilobata obtidos em três localidades (Instituto de Botânica [IBt], Paranapiacaba [PARN] e Mogi-Guaçu [MGÇ]) foi quantitativamente distinta. Os principais componentes foram α-pineno [majoritário em PARN e MGÇ], β-pineno [IBt], α-felandreno [MGÇ], limoneno, β-cariofileno e germacreno D. Diferenças no teor e composição química foram observados nas diferentes estações do ano, na atividade biológica e idade da planta. Os óleos de PARN e MGÇ apresentaram forte atividade frente aos fungos testados. O rendimento e composição química dos óleos voláteis das subespécies de Porophyllum ruderale foram quantitativamente diferentes. Os compostos majoritários foram: limoneno e mirceno para a subespécie macrocephalum; E-β-ocimeno, limoneno e β-pineno para ruderale. Mesmo cultivadas em ambientes diferentes os compostos majoritários foram mantidos para as duas subespécies. Este é o primeiro relato comparando a composição química de subespécies de Porophyllum ruderale.
Palavras-chave: Asteraceae, atividade antifúngica, aumento de CO2 atmosférico, óleo essencial, variações sazonal, diuturna e fenológica.
Ludmila Raggi
Teor, composição química e atividade biológica de óleos voláteis de Sphagneticola trilobata (L.) Pruski e
Porophyllum ruderale (Jacq.) Cass. (Asteraceae)
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