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Ana Margarita Loaiza Restano


No dia 17 de abril de 2013, a aluna da Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt),
Ana Margarita Loaiza Restano (Bolsista CAPES), defendeu sua dissertação de Mestrado intitulada
“Família Hydrodictyaceae (Sphaeropleales, Chlorophyceae) no Estado de São Paulo: levantamento florístico.

A banca examinadora foi composta pelo Dr. Carlos E. de M. Bicudo (orientador/IBt),
Dra. Ina de Souza Nogueira (UFG) e Dra. Andréa Tucci (IBt).

Profª Dra Ina de Souza Nogueira, MSc. Ana Margarita Loaiza R., Prof Dr Carlos E. de M. Bicudo, Profª Dra Andréa Tucci.


Família Hydrodictyaceae (Sphaeropleales, Chlorophyceae) no Estado de São Paulo: levantamento florístico


RESUMO

Levantamento florístico da família Hydrodictyaceae (ordem Sphaeropleales, classe Chlorophyceae) do Estado de São Paulo a partir de amostras provenientes de 51 municípios, obtidas de coletas realizadas no período de 45 anos, a partir de 1960 até 2005 e preservadas no Herbário Científico do Estado “Maria Eneyda P. Kauffmann Fidalgo” (SP) localizado do Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Após análises recentes utilizando biologia molecular, admitiu-se que a família Hydrodictyaceae está atualmente composta pelos 10 gêneros seguintes: Chlorotetraëdron,  Hydrodictyon,  Lacunastrum, MonactinusParapediastrum,  Pediastrum ‘sensu stricto’,  Pseudopediastrum,  Sorastrum,  Stauridium e Tetraëdron. Além desses, existe mais um gênero, Euastropsis, com cenóbio bicelulado, cuja presença na área do Estado de São Paulo ainda não foi detectada. Foram analisadas 145 amostras e constatou-se que às nove espécies já referidas para o Estado somaram-se a outras 15 totalizando 24. Destas, 12 constituem novas referências para o Estado. As identificações taxonômicas foram sempre efetuadas a partir de populações.

Descrições morfológicas completas e comentários taxonômicos e nomenclaturais foram providenciados para cada táxon identificado. Apesar de se haver estudado uma quantidade elevada de espécimes, jamais foi encontrada alguma forma de reprodução tanto sexuada quanto assexuada, o que pode ser entendido como a não coincidência com as condições ambientais apropriadas para qualquer o desenvolvimento de qualquer forma de reprodução ou por, simplesmente, as amostragens não terem acontecido nos momentos adequados para a ocorrência da reprodução.

Stauridium tetras, além de ser a espécie com maior polimorfismo, foi também a que apresentou a maior amplitude geográfica, encontrando-se em 25 municípios; foi seguida por Pediastrum duplex var. duplex encontrada em 11 municípios,Monactinus simplex em 10 municípios, Sorastrum americanum em 9 municípios e Pediastrum argentinense e Sorastrum spinolosum em 8 municípios cada uma. Onze táxons ocorreram em um único município sendo, portanto, considerados de distribuição geográfica restrita. São eles: Monactinus simplex var. sturmiiParapediastrum biradiatumParapediastrum longicornutumPediastrum willeiPediastrum biwaePseudopediastrum boryanum var. boryanumPseudopediastrum boryanum var. longicorneSorastrum sp. 1,Sorastrum indicumTetraëdron caudatum e Chlorotetraëdron incus.

Os municípios com maior diversidade específica foram, pela ordem decrescente do número de espécies, Rio Claro (nove espécies), São Paulo (oito espécies), Itu e São Bernardo do Campo (sete espécies) e Salmourão (seis espécies). Referências pioneiras para o Estado foram as de: Parapediastrum longicornutumPediastrum willeiPediastrum biwaePseudopediastrum boryanum var. boryanumPseudopediastrum boryanum var. longicorneSorastrum sp. 1 eSorastrum sp. 2. As duas últimas representam, muito provavelmente, duas espécies novas de Sorastrum. Entre os gêneros presentemente inventariados para o Estado de São Paulo, Pediastrum com seis identificadas foi considerado, em seu sentido amplo, o mais abundante em número de espécies, (P. angulosum, P. argentinenseP. biwaeP. duplex var. duplexP. willei e P. obtusum). Muito provavelmente, exceto P. duplex var. duplex, as demais espécies serão alvo de estudos posteriores e análises meticulosas para verificar se continuam a ser classificadas em Pediastrum ‘sensu stricto’. Deve-se acrescentar que o gênero Sorastrum necessita também de estudos mais aprofundados devido à grande quantidade de sinônimos que existem para várias espécies.

Palavras chave: Taxonomia, algas verdes cocais, Hydrodictyaceae, Pediastrum.

Ana Margarita


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Ana Margarita Loaiza Restano
Família Hydrodictyaceae (Sphaeropleales, Chlorophyceae) no Estado de São Paulo: levantamento florístico


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