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Regina Tomoko Shirasuna


No dia 13 de fevereiro 2012, a aluna Regina Tomoko Shirasuna do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente
defendeu sua dissertação de mestrado intitulada
“Bambus nativos (Poaceae; Bambusoideae) do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil”.

A banca examinadora foi composta pelo Prof. Dr. Tarciso de Sousa Filgueiras ((Núcleo de Pesquisa Curadoria do Herbário SP/IBt),
Profa. Dra. Ana Paula S. Gonçalves (Universidade Federal de Viçosa)
e Prof. Dr. Eduardo L. Martins Catharino (Núcleo de Pesquisa-Jardim Botânico e Reservas).

O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga localiza-se em uma das maiores áreas urbanas da América Latina sofrendo intensa pressão antrópica da população do entorno. Constitui um dos mais importantes remanescentes, sendo um dos ecossistemas mais fragmentados e ameaçados do país, desempenhando um papel importante nos processos ecológicos naturais, principalmente a conservação da biodiversidade e dos aquíferos e mananciais. A flora do PEFI inclui o grupo das florestas estacionais semideciduais de planalto, dentro do domínio Mata Atlântica. São citadas quatro espécies de bambus ameaçados de extinção, sendo uma espécie exclusiva do parque, além de uma nova ocorrência para o bioma e para o Estado de SP.


Bambus nativos (Poaceae-Bambusoideae) no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil


RESUMO

O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), com 526,36 ha., situa-se na região sudeste do município de São Paulo (23º38’08”S e 23º40’18”S – 46º36’48”W e 46º38’00”W). O PEFI faz divisa sul-sudeste com o município de Diadema e constitui um dos mais importantes remanescentes florestais da capital do Estado. É caracterizado por uma vegetação do bioma Mata Atlântica. O presente trabalho teve por finalidade estudar a composição florística dos bambus nativos (Bambusoideae) do PEFI contribuindo, dessa forma, para a conclusão do estudo florístico da família Poaceae no parque e para a atualização do conhecimento das gramíneas do Estado de São Paulo. O trabalho apresenta chaves de identificações, descrições padronizadas, ilustrações, dados sobre distribuição e ecologia, mapeamento, nomes populares, fenologia e status conservacionista para cada espécie. Bambusoideae está representada no parque por cinco gêneros e 17 espécies nativas. O gênero mais especioso é Merostachys (9 spp.). Seguem-se Chusquea (3 spp.) e Olyra (3 spp.), Aulonemia e Parodiolyra com uma espécie cada. Registra-se pela primeira vez a ocorrência de Olyra loretensis Mez no Estado de São Paulo e no bioma Mata Atlântica. Merostachys burmanii, M. scandens, M. skvortzovii e Olyra loretensis são consideradas ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo. Chusquea bambusoides var. minor McClure & L.B. Sm. foi colocada na sinonímia deC. bambusoides (Raddi) Hack. Foram identificadas duas espécies nativas introduzidas no parque: Raddia distichophylla (Schrad. ex Nees) Chase e R. sodersttromii R. P. Oliveira, L.G. Clark & Judz., além de 11 outras espécies exóticas e duas cultivares. Apresentam-se chaves ilustradas para identificação de todas as espécies introduzidas, como também as coordenadas geográficas das touceiras, os nomes populares e fotos (Fonte financiadora: Instituto de Botânica de São Paulo).

Palavras-chave: gramineae, Bambuseae, Olyreae, florística, taxonomia, conservação, bambus cultivados (no Instituto de Botânica, SP).


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Bambus nativos (Poaceae-Bambusoideae) no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil


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