Priscila da Silva
Em 27 de fevereiro de 2012, a aluna Priscila da Silva do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente (área de concentração: Planta Avasculares e Fungos em Análise Ambientais), do Instituto de Botânica (IBt), São Paulo, SP,defendeu seu doutorado intitulado:
“Revisão do gênero Thozetella Kuntze (anamorfo de Chaetosphaeriaceae, Ascomycota).
Este trabalho contou com o apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP – n° 07/59743-1).
A banca examinadora foi composta por sua orientadora Dra. Rosely Ana Piccolo Grandi (Instituto de Botânica, São Paulo) e pelos professores doutores: Antonio Hernández-Gutiérrez (Universidade Federal do Pará), José Carmine Dianese (Universidade de Brasília), Luis Fernando Pascholati Gusmão (Universidade Estadual de Feira de Santana) e Marina Capelari (Instituto de Botânica, São Paulo).
Revisão do gênero Thozetella Kuntze (anamorfo de Chaetosphaeriaceae, Ascomycota)
RESUMO
Este trabalho apresentou um estudo taxonômico das espécies em Thozetella. O gênero pertence ao grupo dos hifomicetos (fungos anamórficos), classificação não natural. Atualmente, dados moleculares de algumas espécies sugeriram sua correlação com Chaetosphaeriaceae, Ascomycota. Estudos registram a ocorrência das espécies como decompositoras de materiais vegetais diversos, em regiões temperadas e tropicais nos diferentes tipos de formações vegetais, sugerindo a não especificidade desses táxons. Dezoito nomes foram publicados, porém apenas dezessete espécies são válidas para ciência. Após a análise de quinze espécies-tipo, de espécimes depositados em herbários brasileiros e levantamento realizado em várias formações vegetais do estado de São Paulo, sete táxons foram registrados pela primeira vez para o estado: T. buxifolia, T. gigantea, T. falcata, T. havanensis, T. queenslandica, T. submersa e T. tocklaiensis; destes, três são novos para o Brasil (T. buxifolia, T. falcata e T. havanensis). Os registros para T. boonjiensise T. havanensis foram invalidados e T. aculeata e T. capitata foram propostas como novas espécies. Foram incluídos vinte espécimes na Coleção de Culturas CCIBt, pelos métodos de Castellani e óleo mineral; o teste de viabilidade no método de Castellani mostrou-se adequado, bem como o cultivo em malt extract agar (MEA). O estudo morfológico das estruturas, até então importantes como caracteres taxonômicos, demonstrou que os conidiomas, conidióforos, células conidiogênicas e conídios não são bons caracteres para delimitar as espécies. As microaristas são as únicas estruturas que auxiliaram na separação de alguns táxons, mas não foram suficientes para separar outros, dificultando a elaboração de uma chave de identificação. Considerando esta análise, o presente estudo sugere a utilização de outras técnicas, como moleculares, que poderão fornecer um melhor conceito das espécies em Thozetella.
Palavras-chave: diversidade, folhedo, fungo in vitro, hifomicetos brasileiros, taxonomia
Priscila da Silva
Revisão do gênero Thozetella Kuntze (anamorfo de Chaetosphaeriaceae, Ascomycota)
VOLTAR AS DISSERTAÇÕES E TESES