Camila Pereira de Carvalho
No dia 26 de setembro de 2012, Camila Pereira de Carvalho, aluna de Pós-graduação do Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, bolsista do CNPq, sob orientação da Dra. Catarina Carvalho Nievola, defendeu sua dissertação de Mestrado intitulada:
“Influências de baixas temperaturas no crescimento, conteúdo de carboidratos e
aclimatização da bromélia endêmica Nidularium minutum Mez. cultivada in vitro”.
A banca examinadora foi composta pela Dra. Ana Paula Artimonte Vaz (Embrapa – Transferência de Tecnologia),
Dr. Diego Demarco (Instituo de Biociências – USP) e
Dra. Catarina Carvalho Nievola (Orientadora, Núcleo de Pesquisa em Plantas Ornamentais – IBt).

Dra. Ana Paula Artimonte Vaz, Dra. Catarina Carvalho Nievola, aluna Camila Pereira de Carvalho e Dr. Diego Demarco.
Influências de baixas temperaturas no crescimento, conteúdo de carboidratos e aclimatização da bromélia endêmica
Nidularium minutum Mez. cultivada in vitro
RESUMO
O desenvolvimento de estratégias de preservação é importante para espécies ameaçadas como é o caso da bromélia endêmicaNidularium minutum Mez. Dentre as metodologias utilizadas, por meio do uso de temperaturas baixas é possível a formação de coleções in vitro de crescimento lento, reduzindo os subcultivos. Tendo em vista o potencial ornamental dessa espécie, é importante avaliar a retomada do crescimento das plantas da coleção quando transferidas para cultivo ex vitro (aclimatização). O objetivo desse trabalho foi identificar a condição de cultivo in vitro, em baixa temperatura, que induza o menor crescimento de plantas de N. minutum, mas a partir da qual seja possível a sobrevivência quando aclimatizadas. Para isto, foram investigados parâmetros associados à adaptação ao frio como análise de carboidratos, clorofila e anatomia. Plantas de N. minutum germinadas in vitro em meio de cultura Murashige & Skoog (1962) com a metade da concentração dos macronutrientes foram transferidas para câmaras de germinação nas temperaturas de 5ºC, 10ºC, 15ºC, 20ºC e 25ºC. Após três (T3) e seis meses (T6) foram avaliados parâmetros biométricos, anatômicos, pigmentos fotossintéticos e conteúdo de carboidratos das plantas mantidas in vitro. Posteriormente foi acompanhado o crescimento durante a aclimatização. As plantas mantidas a 5°C não sobreviveram e houve uma redução do crescimento nas plantas cultivadas a 10 e 15°C, sendo que estas plantas apresentaram maior espessura do parênquima aquífero e acúmulo de carboidratos, menor conteúdo de clorofila e coloração verde clara nas folhas, em relação àquelas mantidas a 25°C. Em T6, o teor de clorofilas das plantas crescidas a 15°C atingiu valores iguais aos daquelas mantidas a 25°C. Foi possível aclimatizar as plantas provenientes de todos os tratamentos térmicos. Entretanto, aquelas oriundas de 10°C apresentaram taxas de sobrevivência menores que as demais. Para a formação de uma coleção in vitro de crescimento lento dessa espécie a temperatura ideal foi de 15°C, pois houve a redução do crescimento e a sobrevivência durante a aclimatização. As plantas obtidas por esse método podem ser utilizadas para o repovoamento ou disponibilizadas para o mercado de plantas ornamentais, reduzindo, indiretamente, a procura por exemplares na natureza.
Palavras-chave: Bromeliaceae, coleção in vitro de crescimento lento, condições ex vitro, pectinas, parênquima aquífero, clorofila.

Influências de baixas temperaturas no crescimento, conteúdo de carboidratos e aclimatização da
bromélia endêmica Nidularium minutum Mez. cultivada in vitro
Influências de baixas temperaturas no crescimento, conteúdo de carboidratos e aclimatização da bromélia endêmica
Nidularium minutum Mez. cultivada in vitro
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