Flávia Maria Kazue Kurita
No dia 19 de julho de 2011, a aluna de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt), Flávia Maria Kazue Kurita (bolsista Fapesp-processo 2009/03070-4), defendeu sua dissertação de Mestrado intitulada
“Crescimento in vitro da bromélia Alcantarea imperialis (Carrière) Harms com diferentes concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio”.
A banca examinadora foi composta pela Dra. Vívian Tamaki (Orientadora e Presidente/IBt), Dr. Rogério Mamoru Suzuki (Ibt) e Dra. Maria Maria Aurineide Rodrigues (USP/SP). Durante a argüição foi destacada a originalidade do trabalho e sua importância
para a conservação de espécies ameaçadas.
Crescimento in vitro da bromélia Alcantarea imperialis (Carrière) Harms com diferentes concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio.
RESUMO
A maioria dos representantes de Bromeliaceae é considerada ornamental, tornando-se alvo do extrativismo ilegal, como a bromélia Alcantarea imperialis (Carrière) Harms, que está ameaçada de extinção de acordo com o Programa de Proteção das Espécies Ameaçadas de Extinção da Mata Atlântica Brasileira, da Fundação Biodiversitas, na categoria espécie em perigo de extinção. O cultivo in vitro é uma ferramenta importante, pois possibilita a otimização do crescimento juntamente com os estudos nutricionais. O presente trabalho teve como objetivo estudar o crescimento de A. imperialis cultivadas in vitro, em diferentes concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio, visando a elaboração de um meio mais adequado para o crescimento desta planta. Neste estudo foram transferidas plântulas germinadas in vitrodurante 1 mês, para frascos de 250 mL, contendo 40 mL de meio Murashige & Skoog (MS) modificado com diferentes concentrações de nitrogênio (N), fósforo (P), potássio (K) e cálcio (Ca). Cada tratamento possuía 20 frascos (10 plântulas/frasco), que foram mantidos em sala de cultura com fotoperíodo de 12 horas com luminosidade de 30 µmol.m-2.s-1 e a temperatura de 26±2 °C durante seis meses. Foram determinados o número de folhas, os comprimentos dos eixos caulinares e radiculares, os teores de massas fresca e seca das partes aérea e radicular, além da quantidade de pigmentos fotossintéticos (clorofila a, b e carotenóides). Adicionalmente foram medidos os teores foliares endógenos de macronutrientes (N, P, K, Ca e Mg) e de micronutrientes (B, Cu, Fe, Mn e Zn), que foram realizados pelo laboratório de química analítica do Departamento de Solos e Nutrição Mineral da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo. Todos os dados obtidos foram submetidos à análise estatística. Os resultados mostraram que as plantas cultivadas em 15 e 60 mM de N, 0,60 mM de P, 1,875 e 2,5 mM de K e 4,5 mM de Ca proporcionaram um bom crescimento in vitro desta espécie. Observou-se que as mudanças nas concentrações destes macronutrientes podem influenciar nos teores endógenos de outros nutrientes, mostrando a interação entre eles. Concluiu-se que ajustes nas concentrações de macronutrientes no meio de cultura de MS otimizam a produção desta espécie in vitro, pois de acordo com os resultados acima, o meio modificado se mostrou mais eficiente no crescimento desta espécie do que o meio MS completo, que é a formulação mais utilizada no cultivo in vitro.
Palavras-chaves: Bromeliaceae, conservação, nutrição mineral, micropropagação
Flávia Maria Kazue Kurita
Crescimento in vitro da bromélia Alcantarea imperialis (Carrière) Harms com diferentes concentrações de nitrogênio, fósforo, potássio e cálcio.
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