Patrícia Jungbluth
Patrícia Jungbluth, aluna de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica e bolsista CNPq (processo 140127/2006-2) e FAPESP (processo 05/53955-1) defendeu no dia 18 de janeiro de 2010 sua tese intitulada
“Estudos taxonômicos em Physcia (Scheb.) Michx. e Pyxine Fr. (Physciaceae, Ascomycota)”
A banca examinadora foi composta pelos Professores Doutores Marcelo Pinto Marcelli (orientador), Marcela Eugenia da Silva Cáceres, Suzana Maria de Azevedo Martins, Sandra Farto Botelho Trufem e Iracema Helena Schoenlein-Crusius.
O trabalho consistiu na revisão dos táxons de Physcia e Pyxine citados para o Brasil pela literatura, baseado principalmente em material-tipo das espécies aceitas e de seus sinônimos. São fornecidos descrições, comentários e chaves para 29 espécies de Physcia e 36 espécies e duas variedades de Pyxine. Quatro espécies novas foram descritas, uma combinação nova e uma lectotipificação foram propostas. Além disso, vários táxons são citados pela primeira vez para o continente sul-americano ou para o Brasil ou para diferentes estados brasileiros.

Dra.Iracema Schoenlein-Crusius, Dra. Sandra Trufem, Patrícia Jungbluth,
Dr. Marcelo Marcelli, Dra. Suzana Martins e Dra. Marcela Cáceres.
Estudos taxonômicos em Physcia (Scheb.) Michx. e Pyxine Fr. (Physciaceae, Ascomycota)
RESUMO
Foram estudados detalhadamente os tipos de 29 táxons aceitos de Physcia (Schreb.) Michx. e 36 táxons de Pyxine Fr., bem como dos tipos de nomes atualmente aceitos em sinonímia, o que inclui todos os táxons de Physcia e Pyxine citados para o Brasil. Características de importância taxonômica foram reestudadas e discutidas. Além das descrições e comentários, são fornecidas chaves de identificação e ilustrações das espécies e suas variedades. A anatomia do córtex inferior de vários táxons de Physcia, uma das principais características de valor taxonômico ao nível de espécie no gênero, foi discutida para a maioria das espécies aceitas e seus sinônimos. Os sinônimos de P. aipolia (Humb.) Fürnr. foram revisados; P. afra Hue é proposta como sinônimo de P. ochroleuca (Müll. Arg.) Müll. Arg., enquanto P. aipolia f. verruculosa Vain. in Räsänen é combinada em P. verruculosa (Vain.) Jungbluth & Marcelli e considerada espécie válida.Um lectotipo para P. alba (Fée) Lynge var. linearis Lynge foi designado e esta variedade é sinônimo de P. kalbii Moberg. A presença de P. adscendens (Fr.) H. Olivier, P. caesia (Hoffm.) Fürnr., P. dubia e P. stellaris (L.) Nyl. na micota liquenizada brasileira é questionada. Physcia obsessa (Mont.) Nyl. permanece como nomen dubium e P. lactea Zahlbr. como nomen inquerendum. Quatro espécies de Pyxine são novas para a Ciência: P. astipitata Jungbluth & Marcelli, P. exoalbida Jungbluth & Marcelli, P. jolyana Jungbluth, Kalb & Marcelli e P. mantiqueirensis Marcelli & Jungbluth. Pyxine heterospora Vain. e P. oceanica Zahlbr., respectivamente consideradas sinônimos de P. eschweileri (Tuck.) Vain. e Pyxine cocoës (Sw.) Nyl., são propostas como espécies válidas. Também P. microsporaVain., P. minuta Vain. e P. pyxinoides (Müll. Arg.) Kalb são consideradas boas espécies, enquanto P. nitidula Müll. Arg. é proposta como sinônimo de P. pyxinoides. Pyxine retirugella var. capitata Zahlbr. é colocada como sinônimo de P. fallax (Zahlbr.) Kalb.Pyxine caesiopruinosa (Nyl.) Imshaug e P. physciaeformis (Malme) Imshaug são consideradas espécies distintas. O lectotipo deP. meissneri ssp. connectens Vain. foi escolhido. Pyxine fallax (Zahlbr.) Kalb e P. katendei Swinscow & Krog são novas citações para a América do Sul. No Brasil, P. albovirens (G. Mey.) Aptroot e P. obscurascens Malme são reportadas pela primeira vez para o estado de São Paulo, enquanto P. caesiopruinosa (Nyl.) Imshaug é nova para Minas Gerais, P. coralligera Malme para Goiás e P. coccifera (Fée) Nyl. para Maranhão e Tocantins.
Palavras-chave: fungos liquenizados, Physciaceae, Physcia, Pyxine, taxonomia, espécies novas.
Patrícia Jungbluth
Estudos taxonômicos em Physcia (Scheb.) Michx. e Pyxine Fr. (Physciaceae, Ascomycota).
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