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Marília Cristina Duarte


Marília Cristina Duarte, aluna do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo, defendeu, dia 30 de julho de 2010, sua tese de Doutorado intitulada
“Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros afins (Bombacoideae, Malvaceae) e estudo taxonômico de Eriotheca no Brasil”.

A banca examinadora foi composta pela Dra. Gerleni Lopes Esteves (orientadora – Núcleo de Pesquisas Curadoria do Herbário, IBt), Dra. Ingrid Koch (UFScar, campus Sorocaba), Dr. Massimo Bovini (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro), Dr. André Olmos Simões (USP, campus zona Leste)
e Dra. Maria das Graças Lapa Wanderley (Núcleo de Pesquisas Curadoria do Herbário, IBt).


 Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros afins (Bombacoideae, Malvaceae)
e estudo taxonômico de Eriotheca no Brasil


RESUMO

Eriotheca Schott & Endl. (Bombacoideae, Malvaceae) inclui cerca de 24 espécies distribuídas na América do Sul. O gênero caracteriza-se por apresentar flores com até 6,5cm compr. e 18-170 estames concrescidos até certa altura formando um tubo e depois livres entre si. O presente trabalho teve como objetivos realizar uma análise filogenética, a fim de testar o monofiletismo de Eriotheca e estabelecer suas relações com gêneros afins e realizar o estudo taxonômico das espécies de Eriotheca que ocorrem no Brasil. Nesse contexto, o trabalho foi organizado em quatro capítulos. No primeiro capítulo, foi apresentada a análise filogenética baseada nas sequências de dados do DNA nuclear (ITS) e de cloroplasto (trnL-F e matk) de 50 táxons de Bombacoideae e sete táxons adicionais de Malvatheca. As análises das sequências de ITS, trnL-F e dos dados combinados dos três marcadores mostraram o parafiletismo de Eriotheca. As espécies desse gênero emergiram juntamente com as espécies de Pachira s.l., formando um novo clado que tem como provável sinapomorfia as sementes estriadas. Entretanto, na análise dos dados de matK o gênero emergiu como monofiléticoTal posicionamento foi fortalecido pelo resultado do teste de Templeton, realizado com os dados combinados, no qual o monofiletismo deEriotheca não foi rejeitado. No segundo capítulo, foram apresentadas as propostas de oito sinonimizações, designações de um lectótipo e um epitipo, além de duas mudanças de status para o nível específico. No terceiro capítulo, uma espécie nova foi descrita e ilustrada, E. bahiensis, com ocorrência na floresta pluvial dos tabuleiros do sul da Bahia. Foi apresentada uma chave de identificação incluindo a espécie nova e as espécies afins. No quarto capítulo, foi apresentado o tratamento taxonômico realizado com base na análise de mais de 500 materiais de herbários brasileiros e estrangeiros e de materiais obtidos durante as expedições de coleta. Foram reconhecidas 16 espécies de Eriotheca distribuídas desde a região Norte até o Estado de São Paulo, na Floresta Amazônica, Mata Atlântica e no Cerrado. A separação das espécies foi feita com base no porte dos indivíduos, presença ou não de sapopemas, número de folíolos, dimensões dos folíolos, pecíolos, peciólulos e pétalas, forma dos botões florais, forma do cálice e tipo de borda e na morfologia do tubo estaminal. Adicionalmente, foi realizado um estudo da morfologia dos tricomas, sob microscopia eletrônica de varredura, por meio do qual foram detectados vários caracteres que complementaram a caracterização das espécies. Foram apresentadas descrições morfológicas, chave de identificação, ilustrações, mapas de distribuição, além de comentários sobre variabilidade, relações taxonômicas e distribuição geográfica para todas as espécies.

Palavras-chave: EriothecaPachira, ITS, trnL-F, matk, morfologia, distribuição, revisão.


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“Análise filogenética de Eriotheca Schott & Endl. e gêneros afins
(Bombacoideae, Malvaceae) e estudo taxonômico de Eriotheca no Brasil”


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