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Juliana Moreno Pina


No dia 27 de janeiro de 2010, a aluna do programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo, Juliana Moreno Pina, defendeu sua tese de doutorado intitulada
“Trocas gasosas, sintomas foliares visíveis e atividade enzimática antioxidativa em plantas jovens de Psidium guajava ‘Paluma’
expostas ao ozônio no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP”,
sob orientação da Dra. Regina Maria de Moraes, da Seção de Ecologia do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt)
e co-orientação do Dr. Sérgio Tadeu Meirelles, do Departamento de Ecologia da Universidade de São Paulo (USP).

A banca examinadora foi composta pelos professores: Dra. Regina Maria de Moraes (Seção de Ecologia/IBt), Dra. Solange C. Mazzoni-Viveiros (Seção de Anatomia e Morfologia/IBt), Dr. Emerson Alves da Silva (Seção de Fisiologia e Bioquímica/IBt), Dr. Carlos Henrique Britto Prado (Departamento de Botânica/UFSCar) e
Dr. Renato Rodrigues Ferreira (Centro de Energia Nuclear na Agricultura/USP).


Trocas gasosas, sintomas foliares visíveis e atividade enzimática antioxidativa em plantas jovens de
Psidium guajava ‘Paluma’ expostas ao ozônio no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP


RESUMO

O ozônio troposférico (O3) é um poluente secundário cujas concentrações vêm aumentando progressivamente desde as últimas décadas principalmente como conseqüência do aumento da queima de combustíveis fósseis. Formado na troposfera por meio de reações fotoquímicas entre óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos não metânicos, o O3 atua oxidando tecidos biológicos causando, dessa forma, efeitos deletérios na saúde humana, na vegetação e nos materiais. Uma forma de avaliar a poluição por ozônio é por meio da exposição de bioindicadores, espécies de plantas que manifestam sintomas foliares visíveis após exposição ao poluente. O objetivo do presente estudo foi avaliar as respostas apresentadas por Psidium guajava ‘Paluma’ (goiabeira) sob exposição ao ozônio troposférico visando estabelecer a espécie como um bioindicador tropical. Foram realizadas seis exposições de aproximadamente 80 dias no período de abril de 2007 a dezembro de 2008, no qual plantas jovens de ‘Paluma’ permaneceram expostas no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, que apresenta concentrações elevadas de O3. As goiabeiras foram analisadas periodicamente e avaliadas quanto à manifestação e progressão de sintomas foliares visíveis, às trocas gasosas de CO2 e H2O sob radiação fotossinteticamente ativa saturante e à atividade antioxidativa das enzimas superóxido dismutase (SOD), ascorbato peroxidase (APX) e glutationa redutase (GR). Durante o experimento, observou-se que as condições ambientais, em especial a irradiação global, o déficit de pressão de vapor e a precipitação, influenciaram na manifestação de sintomas foliares da planta, que foi acompanhada por alterações significativas nas trocas gasosas (redução de assimilação de carbono, condutância estomática e transpiração e aumento da concentração interna de CO2.Contrariamente ao esperado, a atividade de APX e GR não foi diretamente relacionada à exposição ao O3, ao passo que a enzima SOD apresentou, em algumas exposições, uma menor atividade. A análise multivariada entre os dados obtidos indicou que os sintomas foliares visíveis foram associados diretamente ao aumento da exposição ao ozônio, ao aumento da irradiação global e à redução da assimilação líquida de carbono. Com base nos resultados, conclui-se que a goiabeira ‘Paluma’ apresenta grande potencial como espécie bioindicadora tropical sensível ao ozônio, mostrando uma resposta qualitativa.

Palavras chaves: Myrtacea, bioindicador, ozônio, trocas gasosas, atividade enzimática antioxidativa


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Trocas gasosas, sintomas foliares visíveis e atividade enzimática antioxidativa em plantas jovens de
Psidium guajava ‘Paluma’ expostas ao ozônio no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP


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