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Fernanda Tresmondi


No dia 30 de março de 2010, a aluna Fernanda Tresmondi do curso de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente, defendeu sua dissertação intitulada “Análises estruturais e ultraestruturais em folhas de Psidium guajava ‘Paluma’  expostas em ambiente contaminado por ozônio”.

A banca examinadora composta pela Dra. Edenise Segala Alves (Orientadora e Presidente/IBt),
Dra. Silvia Rodrigues Machado (UNESP – Botucatu) e Dra. Cláudia Maria Furlan (UFABC).


Análises estruturais e ultraestruturais em folhas de Psidium guajava ‘Paluma’
expostas em ambientes contaminado por ozônio


RESUMO

A poluição nos grandes centros urbanos tem sido agravada pelo aumento da frota automotiva, gerando uma maior concentração de poluentes de origens primária, e conseqüentemente, secundária, como é o caso do ozônio (O3). Plantas são consideradas bioindicadoras quando apresentam especificidade na resposta a determinado poluente. Psidium guajava ‘Paluma’ vem sendo testada como bioindicadora de O3 e responde com a presença de manchas foliares vermelhas, entre as nervuras, na superfície adaxial, decorrente do acúmulo de antocianina. O presente estudo objetivou contribuir com informações que permitam afirmar se a planta é ou não indicada para o biomonitoramento do Oin situ, com base em aspectos estruturais, ultraestruturais e histoquímicos. Assim, avaliaram-se esses parâmetros em plantas expostas no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), área verde inserida na cidade de São Paulo, com presença de O3. Os resultados mostraram redução na quantidade de cloroplastos, degeneração do conteúdo citoplasmático e grande aumento de compostos fenólicos, além de oclusão de câmara subestomática em folhas expostas no ambiente. A densidade estomática foi maior nas plantas expostas durante as estações que tiveram maiores concentrações de O3. As análises com DAB mostraram correlação entre acúmulo de H2O2 nas células epidérmicas e concentração de O3, quando esta foi mais alta. A localização e intensidade de antocianina, decorrente do aparecimento de sintomas visíveis, indicaram que este metabólito secundário pode interferir positivamente na neutralização das espécies reativas de oxigênio, uma vez que possui propriedades antioxidantes. Em ultraestrutura, observaram-se alterações na parede celular, dilatação de cristas mitocondriais e tilacóides, alterações nos grãos de amido e plastoglóbulos e condensação de cromatina. Todos esses sintomas são indicativos de senescência celular acelerada (ACS) e ocorreram em folhas mais velhas, o que indica que estão relacionados ao fato dessas folhas possuírem menos defesas, facilitando a ocorrência de ACS. Conclui-se que Psidium guajava ‘Paluma’ é uma espécie bioindicadora tolerante ao O3 e pode ser aplicada em programas de biomonitoramento.

 Palavras-chave: Psidium guajava ‘Paluma’, estresse oxidativo, anatomia foliar, biomonitoramento.


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Análises estruturais e ultraestruturais em folhas de Psidium guajava ‘Paluma’ expostas em ambientes com ozônio


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