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Angélica Patricia Pavezzi Barbero


No dia 26 de julho de 2010, a aluna Angélica Patricia Pavezzi Barbero do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo, defendeu sua tese de doutorado intitulada
“Morfologia das sementes e influência do déficit hídrico na germinação em espécies de Pleurothallidinae (Orchidaceae)”.

A banca examinadora foi composta pelos doutores Fábio de Barros (orientador e presidente/IBt), Samantha Koehler (UNIFESP),
Emerson Ricardo Pansarin (FFCLRP-USP), Maria das Graças Lapa Wanderley (IBt) e Claudio José Barbedo (IBt).


Morfologia das sementes e influência do déficit hídrico
na germinação em espécies de Pleurothallidinae (Orchidaceae).


RESUMO

As sementes de Orchidaceae são geralmente minúsculas e leves, sem endosperma, constituídas pelo embrião, que é uma massa de células sem estruturas diferenciadas, envolvido pela testa. Apesar da semelhança macroscópica, há grande variabilidade das características da testa e das células que a constituem.A subtribo Pleurothallidinae abrange cerca de 4.100 espécies em 36 gêneros, e ocorre somente nas Américas. Este trabalho está dividido em duas partes. No primeiro capítulo, o objetivo foi estudar a morfologia das sementes de espécies selecionadas de Pleurothallidinae. Para tanto foram analisadas 24 espécies de 12 gêneros, utilizando microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura. Várias espécies analisadas possuem ornamentações nas paredes das células da testa, característica comum em Epidendroideae, porém, não foram encontradas características informativas para a delimitação de gêneros, uma vez que muitas delas se estendem a toda subtribo. No segundo capítulo foi observada a influência do estresse hídrico, simulado por adição de polietileno glicol (PEG) no meio de cultura, na germinação e no desenvolvimento inicial em três espécies de Pleurothallidinae, provenientes de ambientes com diferentes graus de disponibilidades de água.

Acianthera teres é rupícola, enquanto Octomeria gracilis e O. crassifolia são epífitas em floresta, contudo a primeira ocorre em áreas úmidas e a segunda em locais mais expostos. As sementes foram semeadas em meio MS/2, sob quatro tratamentos: controle, com 50 g.L-1, 100 g.L-1 e 200 g.L-1 de PEG, induzindo potenciais hídricos de -0,53, -0,70, -0,86 e -1,60 MPa, respectivamente. Foram realizadas análises aos 45, 120 e 180 dias. Em A. teres, quanto menor o potencial hídrico do meio, menor foi a taxa de germinação, e maior o retardo no desenvolvimento. Já em O. crassifolia, quanto menor o potencial hídrico do meio, maior a taxa de germinação. O. gracilis apresentou certa tolerância à redução do potencial hídrico até 120 dias.

Palavras-chave: Epidendroideae, estresse hídrico, orquídeas, PEG.


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Morfologia das sementes e influência do déficit hídrico na germinação em espécies de Pleurothallidinae (Orchidaceae)


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