Angela Maria da Silva Corrêa Pando
No dia 16 de fevereiro de 2009, a aluna Angela Maria da Silva Corrêa Pando do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal
e Meio Ambiente, defendeu sua Dissertação de Mestrado intitulada
“Palinotaxonomia de Pavonia Cav. (Malvoideae-Malvaceae s.l.) com ênfase nas espécies ocorrentes nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil”.
A banca examinadora foi composta por sua orientadora Dra. Maria Amélia Vitorino da Cruz-Barros,
Dr. Paulo Eduardo de Oliveira e Dra. Rosângela Simão Bianchini.

Dr. Paulo de Oliveira, Angela Corrêa, Dra. Maria Amélia,
Dra. Rosângela Bianchini e Dra. Gerleni Esteves.
Palinotaxonomia de Pavonia Cav. (Malvoideae-Malvaceae s.l.) com ênfase nas espécies ocorrentes
nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil
RESUMO
Foram estudados os grãos de pólen de 26 espécies de Pavonia Cav. representantes dos subgêneros Goetheoides (6 ssp.), Pavonia(15 ssp.) e Typhalea (5 ssp). ocorrentes nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil. Os materiais polínicos foram retirados de exsicatas depositados nos herbários SP, SPF, UB, HUEFS e RB. Os grãos de pólen foram acetolisados, medidos e fotografados sob microscopia óptica e, em alguns casos, sob microscopia eletrônica de varrredura. As medidas receberam tratamento estatístico, de acordo com a amostra. Os dados quantitativos foram, também ordenados através da PCA, visando avaliar se estes permitiriam a delimitação dos táxons. De acordo com as aberturas as espécies formaram dois grupos: 1. grãos de pólen pantoporados com poros associados à colpóides e 2. grãos de pólen pantoporados com poros não associados à colpóides. Dentro do primeiro grupo as espécies separaram-se pelo tamanho dos espinhos e pela ornamentação da exina, ou seja, podem apresentar espinhos médios e região interespinal microrreticulado-espiculada (P. spinistipula Gürke) ou espinhos curtos e região interespinal perfurado-granulado-espiculada (P. calyculosa A. St.-Hil. & Naudin, P. multiflora A. St.-Hil., P. sepium A. St.-Hil.). No segundo grupo, as espécies separaram-se pela a ornamentação do teto, sendo microrreticulado-espiculado em P. laxifolia A. St.-Hil., e perfurado-espiculado-granulado em P. almasanaUlbr., P. alnifolia A. St.-Hil., P. castaneifolia A. St.-Hil. & Naudin, P. crassipedicellata Krapov., P. fruticosa (Mill.) Fawc. & Rendle, P. garckeana Gürke, P. glazioviana Gürke, P. goetheoides (Hassl.) Fryxell, P. guerkeana R.E. Fr., P. hexaphylla (S. Moore) Krapov., P. macrostyla Gürke, P. makoyana E. Morren, P. malacophylla (Link & Otto) Garke, P. malvaviscoides A. St.-Hil., P. martii Colla, P. nemoralisA. St.-Hil., P. schrankii Spreng., P. serrana G.L. Esteves, P. stellata (Spreng.)Spreng. P. varians Moric. e P. viscosa A. St.-Hil. Dentro deste último foram utilizados para distinção das espécies, caracteres dos espinhos, tais como, tamanho, forma do ápice e presença ou não de constrição, espessura da exina e diâmetro dos poros. Os resultados obtidos mostraram que o gênero Pavonia é estenopolínico e não corroboraram a delimitação dos subgêneros proposta por Esteves em 1996, com exceção do subgênero Typhalea que se separou dos demais por apresentar os menores grãos de pólen. Entretanto a morfologia polínica foi significativa para a taxonomia do gênero, permitindo a separação das espécies e a confecção de uma chave polínica.
Palavras-chave: pólen, Pavonia, Malvaceae
Angela Maria da Silva Corrêa Pando
Palinotaxonomia de Pavonia Cav. (Malvoideae-Malvaceae s.l.) com ênfase nas espécies ocorrentes nas regiões Nordeste e Sudeste do Brasil.
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