Diana Rasquinha Yamaguti
No dia 23 de março de 2008, Diana Rasquinha Yamaguti, aluna de Pós-graduação do Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, bolsista do CNPq sob a orientação da Dra. Solange C. Mazzoni-Viveiros e colaboração do Dr. Fábio de Barros,
defendeu sua dissertação de Mestrado, intitulada
“Estudos foliares em doze espécies de Orchidaceae (Subtribo Pleurothallidinae _ Gêneros Brachionidium Lindl., Echinosepala Pridgeon & M. W. Chase, Myoxanthus Poepp. & Endl., Octomeria R. Br., Pleurothallopsis Porto & Brade)”.
A banca examinadora foi composta pela Dra. Maria Candida Henrique Mamede (Coordenadora da Área de Plantas Vasculares), em substituição à orientadora,
Dra. Agnes Elisete Luchi (Seção de Anatomia e Morfologia/IBt) e Dr. Wellington Forster (ESALQ).
O objetivo do trabalho foi caracterizar estruturalmente as folhas de espécies epífitas de duas seções do gênero Octomeria R. Br. (seções Octomeria e Teretifoliae) e dos gêneros próximos Brachionidium Lindl., Echinosepala Pridgeon & . M.W. Chase, Myoxanthus Poepp. & Endl. e Pleurothallopsis Porto & Brade), pertencentes à subtribo Pleurothallidinae da família Orchidaceae, visando fornecer dados de cunho taxonômico e
detectar possíveis adaptações anatômicas e fisiológicas ao hábito epifítico.
“Estudos foliares em doze espécies de Orchidaceae (Subtribo Pleurothallidinae _ Gêneros Brachionidium Lindl., Echinosepala Pridgeon & M. W. Chase, Myoxanthus Poepp. & Endl., Octomeria R. Br., Pleurothallopsis Porto & Brade)”.
RESUMO
A partir dos dados obtidos foi possível montar uma chave de identificação das espécies estudadas, onde os caracteres de importância taxonômica utilizados foram presença ou ausência de parênquima radiado, presença ou ausência de tricoma (glandular ou papiloso), espessura da cutícula, parênquima homogêneo ou heterogêneo, número de séries de feixes vasculares (uma a três), feixe vascular da borda foliar diferenciado; tipo de cristal (drusa, ráfide coralóide, ráfide paralela ou prismático).
As características encontradas relacionadas à adaptação ao ambiente epifítico foram tricomas em depressões, cutícula espessa e ráfides coralóides, estômatos restritos à face abaxial, parênquima aqüífero com idioblastos de paredes plicadas, feixes vasculares envoltos por fibras lignificadas e distribuídos no terço inferior da folha, camada subepidérmica com paredes espessadas (“hipoderme”).
A presença de parênquima radiado e suculência, sugerindo a ocorrência, respectivamente, de metabolismos dos tipos C4 ou CAM, foram analisadas anatomicamente e através da acidez vacuolar em três espécies, reforçando a possibilidade de algumas espécies da família possuírem tecido Kranz e não confirmando, ainda, a possibilidade da presença do tipo CAM. Novas análises, utilizando diferentes técnicas específicas, são necessárias para melhor caracterização dos metabolismos presentes na família.
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