Berta Lúcia Pereira Villagra
No dia 27 de fevereiro de 2008, a aluna do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica/IBt,
Berta Lúcia Pereira Villagra (Bolsista Capes), defendeu sua dissertação de mestrado intitulada
“Diversidade florística e estrutura a comunidade de plantas trepadeiras no
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil”.
A banca examinadora foi composta pelo Dr. Sergio Romaniuc Neto (Orientador e Presidente / IBt), Dra Maria Margarida da Rocha Fiuza de Melo (IBt)
e Dr. Jorge Luiz Waechter (UFRS), como mostrado na foto. A aluna foi aprovada com distinção e louvor.
Diversidade florística e estrutura da comunidade de plantas trepadeiras no
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil
RESUMO
Este foi realizado em área administrada pelo Instituto de Botânica, pertencente ao Parque Estadual das Fontes do Ipiranga – PEFI (23º38’08?S – 23º40’18?S e 46º36’48?W- 46º38’00?W), que está a 798 m de altitude e possui 549,31 ha. O PEFI possui áreas de floresta ombrófila densa com influência de floresta estacional semidecidual, entrecortadas por trilhas em diversos estágios de uso e conservação. Neste trabalho foram consideradas plantas trepadeiras todos os indivíduos terrestres que utilizam suporte para sustentação, sejam lenhosos ou herbáceos. O presente trabalho objetivou contribuir para o conhecimento da flora e da estrutura da comunidade das plantas trepadeiras. A hipótese levantada foi que em trilhas de alto impacto há menor diversidade de espécies de plantas trepadeiras e maior densidade populacional, se comparada às trilhas de médio e baixo impacto. Os estudos florísticos relacionados ao conhecimento da diversidade foram centrados nos espécimes depositados no Herbário do Instituto de Botânica (SP) e complementados com coletas mensais (jan/2006 a jun/2007), percorrendo-se toda a área do PEFI. Foram encontradas 187 espécies de plantas trepadeiras, distribuídas em 108 gêneros e 32 famílias, sendo as de maior número de espécies Fabaceae (21), Bignoniaceae (20), Asteraceae (20) e Apocynaceae (18). Foi confeccionada chave de determinação para famílias e descrições suscintas para as espécies. Na análise quantitativa foi amostrada uma área de 3.000 m², compreendendo 30 transectos de 2×50 m, dispostos paralelamente a três trilhas com diferentes intensidades de uso: trilha de terra batida _alto impacto; trilha Fontes do Ipiranga _ médio impacto; trilha controle _ baixo impacto. Além da medida do diâmetro DAP a 1,3 m do ponto de enraizamento e > 2 cm, foram coletados ramos, folhas e flores e amostras de lenho, posteriormente depositadas na xiloteca do Herbário do Estado (SP).
Para a análise comparativa foi utilizado o Índice de Similaridade de Sørensen e confeccionados perfis de vegetação para cada trilha estudada. Encontrou-se 35 espécies em um total de 221 indivíduos, índice de diversidade (H’) 3,014 nats.ind–¹. Apresentaram o maior número de espécies Bignoniaceae (10), Sapindaceae (5) e Fabaceae (5). A adaptação mais encontrada foi a preênsil. Foi apresentada chave de determinação para espécies com base na macro-anatomia do lenho, além de descrições macro-anatômicas para as 35 espécies. Embora tenha sido alta a similaridade entre as trilhas de terra batida e Fontes do Ipiranga, a hipótese assumida não é verdadeira; o estudo revelou maior diversidade (H’=2,64) na trilha de terra batida comparada a Fontes do Ipiranga (H’=1,84). A trilha controle confirmou-se com maior grau de conservação devido a alta diversidade (H’=2,83) e espécies com diâmetros maiores que 10 cm.
Berta Lúcia Pereira Villagra
Diversidade florística e estrutura da comunidade de plantas trepadeiras no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil
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