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Nara Ballaminut


Nara Ballaminut, aluna do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt), defendeu, no dia 02 de março de 2007, sua dissertação de mestrado intitulada:
“Caracterização fisiológica do inóculo de Lentinus crinitus (L.) Fr. CCB274 empregado em biorremediação de solo”,
tendo como orientador Dr. Dácio Roberto Matheus.

Lentinus crinitus CCB274 está sendo avaliado em biorremediação de solo, devido a sua capacidade de mineralizar organoclorados.
O presente estudo teve como objetivo avaliar a melhor condição fisiológica do inóculo fúngico para degradação de poluentes, uma vez que avaliação visual da colonização tem sido o único critério de qualidade adotado na produção de inóculo.


“Caracterização fisiológica do inóculo de Lentinus crinitus (L.) Fr.
CCB274 empregado em biorremediação de solo”


RESUMO

Lentinus crinitus CCB274 está sendo avaliado em biorremediação de solo, devido a sua capacidade de mineralizar organoclorados. O presente estudo teve como objetivo avaliar a melhor condição fisiológica do inóculo fúngico para degradação de poluentes, uma vez que avaliação visual da colonização tem sido o único critério de qualidade adotado na produção de inóculo. Bagaço de cana-de-açúcar, suplementado para C/N 90, foi utilizado para produção do inóculo. Crescimento fúngico em substrato sólido foi estimado por ergosterol e foram determinadas atividades de peroxidases, lacase e peroxidase dependente de manganês (MnP). Peroxidases foram detectadas em substrato sólido pelo menos até 30 dias de incubação, com cerca de 2,50 U L-1. Atividades de lacase e MnP foram máximas aos 10 dias com 17,59 e 53,09 U L-1, respectivamente. Houve aumento significativo de biomassa fúngica durante o período de incubação (de 75 para 106 mg de ergosterol g-1 de massa seca). Com base nos dados observados em substrato sólido foram escolhidas diferentes idades de inóculo (5, 10, 15 e 20 dias de incubação) para avaliar a produção de atividades enzimáticas, crescimento fúngico por análise visual e degradação de pentaclorofenol em solo. Maior atividade de lacase foi observada no tratamento com inóculo de 15 dias de incubação (T15), entre o 25º e o 35º dia de cultivo. Maiores atividades de MnP ocorreram nos tratamentos com inóculos de 5 (T5) e 10 (T10) dias de incubação, entre o 20º e o 30º dia de cultivo. Maior descoloração do RBBR foi observada no T15, entre o 25º e o 35º dia de cultivo. O crescimento em solo foi mais rápido nos T10, T15 e T20, até 40 dias de cultivo. Ao final do período de incubação (60 dias) todos os tratamentos colonizaram 100% do solo. Maiores porcentagens de degradação do pentaclorofenol foram observadas nos T5, T10 e T15. Concluiu-se que a melhor idade fisiológica de inóculo de L. crinitus para aplicação em biorremediação foi entre os 10 e 15 dias de incubação, por apresentar rápida colonização do solo, alta porcentagem de degradação e produção de grandes quantidades de atividades enzimáticas, incluindo a lacase e MnP, que parecem estar envolvida na degradação do pentaclorofenol.

Palavras-chave: inóculo fúngico, biorremediação, pentaclorofenol, atividades enzimáticas.


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Nara Ballaminut
Caracterização fisiológica do inóculo de Lentinus crinitus (L.) Fr. CCB274 empregado em biorremediação de solo


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