Carolina Gasch Moreira
Carolina Gasch Moreira, aluna do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt) e bolsista CAPES, defendeu, no dia 01 de agosto de 2006, sua dissertação de mestrado intitulada:
“Avaliação da diversidade e biomassa de fungos associados a folhas em decomposição de Tibouchina pulchra Cogn.
submersas em reservatórios do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), São Paulo, SP”.
A banca examinadora foi composta pela sua orientadora Dra. Iracema H. Schoenlein-Crusius (Instituto de Botânica),
pela Dra. Denise de Campos Bicudo (Instituto de Botânica) e pelo Dr. André Cordeiro Alves dos Santos (Universidade Federal de São Carlos).
Dr. André Cordeiro Alves dos Santos, Carolina Gasch Moreira, Dra. Iracema H. Schoenlein-Crusius e Dra. Denise de Campos Bicudo
Avaliação da diversidade e biomassa de fungos associados a folhas em decomposição de Tibouchina pulchra Cogn. submersas em reservatórios do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), São Paulo, SP
RESUMO
O trabalho teve por objetivo comparar a sucessão fúngica, concentração de ergosterol e a velocidade de decomposição, em folhas submersas em dois lagos situados dentro do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI), caracterizados por possuírem diferentes graus tróficos, hipereutrófico e mesotrófico. Para isto, sacos de tela de náilon com malha de 1 mm contendo folhas secas de Tibouchina pulchra Cogn foram submersas concomitantemente às margens dos dois lagos, e coletados regularmente de quinze em quinze dias durante 77 dias. Os fungos foram isolados através da técnica de lavagens sucessivas de fragmentos de folhas, seguidas de inoculação destas em meio batata-dextrose-ágar, incubação em câmaras úmidas e incubação em água destilada estéril com adição de substratos celulósicos, queratinosos e quitinosos. A velocidade de decomposição das folhas foi através do coeficiente k de Olson e determinação da matéria orgânica remanescente das folhas. A determinação do teor de ergosterol baseou-se em extração alcoólica e a análise através de leitura em cromatografia líquida de alta performance (HPLC).
A sucessão fúngica se demonstrou diferenciada, quando comparados os dois lagos e o maior número de táxons de fungos foi observado nas folhas submersas no lago mesotrófico, incluindo duas novas citações para o Estado de São Paulo Hyphochytrium catenoides Karling e Septochytrium macrosporum Karling. As folhas submersas no lago hipereutrófico apresentaram rápida taxa de decomposição bem como maiores concentrações de ergosterol que o lago mesotrófico. A Análise de Componentes Principais (ACP) demonstrou que as amostras de folhas coletadas foram separadas de acordo com o nível trófico dos reservatórios e também pelo espaço temporal, tempo de decaimento da material orgânica. Assim, foi verificado, que o estado trófico dos lagos influenciou não apenas quantitativamente, mas também qualitativamente os padrões de distribuição da sucessão fúngica, concentração de ergosterol e taxa de decomposição das folhas submersas.
Lago das Ninféias Caracterizado como mesotrófico
Lago das Garças Caracterizado como hipereutrófico
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