Ana Carolina Laurenti dos Santos
No dia 27 de agosto de 2008, a aluna do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica / IBt, Ana Carolina Laurenti dos Santos, defendeu sua dissertação de mestrado intitulada “Composição florística e estrutura da comunidade de epífitas vasculares associadas a trilhas no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil”.
A banca examinadora foi composta pelo Dra. Maria Margarida da Rocha Fiuza de Melo (Orientadora e Presidente / IBt),
Dra. Maria das Graças Lapa Wanderley (IBt) e Dr. Jorge Luiz Waechter, como mostrado na foto abaixo.
Composição florística e estrutura da comunidade de epífitas vasculares associadas a trilhas no
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil
RESUMO
O Parque Estadual das Fontes do Ipiranga – PEFI (23°38’08’’S-23°40’18”S e 46°36’48”W-46°38’00”W), ocupa área total de 526,38 ha, sendo 357 ha de Reserva Biológica; possui áreas de floresta ombrófila densa com influência de floresta estacional semidecídua, entrecortadas por trilhas de diversos estágios de uso e conservação. Este trabalho teve como objetivo avaliar a influência de duas trilhas com intensidades de uso diferentes sobre a composição florística e a estrutura da comunidade de epífitas vasculares. O estudo foi direcionado a responder a seguinte questão: Quais espécies de epífitas são mais freqüentes e abundantes em cada trilha? A hipótese formulada é a que as trilhas diferem entre si em relação à dominância e a diversidade da comunidade de epífitas vasculares. Para a realização das análises quantitativas e qualitativas foram instaladas 20 parcelas de 2×50 m (0,2 ha) dispostas perpendicularmente às trilhas. Todas as árvores com diâmetro a 1,30 de altura do solo (DAP) > 10 cm foram amostradas. O forófito foi dividido em quatro zonas ecológicas: fuste baixo, fuste alto, copa interna e copa externa. Para cada espécie epifítica presente nessas zonas atribuiu-se notas de estimativa de dominância. Philodendron propinquun, uma espécie altamente especializada, obteve o maior valor de importância epifítico, dominância e freqüência, relativas, na trilha com maior intensidade de uso e na comparação entre as duas áreas. Rhipsalis elliptica obteve o maior valor de importância epifítico, dominância e freqüência, relativas, na trilha com baixa intensidade de uso. As análises de ordenação realizadas: Análise de Correspondência Destendenciada, Análise de Componentes Principais e Escalonamento Multidimensional Não-Métrico, não evidenciaram qualquer tendência à formação de blocos florísticos coesos ou gradientes à medida que variaram os níveis de impacto pela trilha. As trilhas diferem entre si em relação à dominância e a diversidade da comunidade de epífitas vasculares, entretanto estas diferenças devem estar associadas ao mosaico de fases sucessionais existente no PEFI, e à dinâmica da população epifítica e características microclimáticas dos forófitos.
Ana Carolina Laurenti dos Santos
Composição florística e estrutura da comunidade de epífitas vasculares associadas a trilhas no
Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil
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