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Fernanda Susi Luccas


No dia 16 de maio de 2011, a aluna Fernanda Susi Luccas do curso de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente,
defendeu sua dissertação intitulada:
“Estoques de necromassa em um cerrado sensu stricto e uma Floresta Ombrófila Densa Montana, no estado de São Paulo”.

A banca examinadora composta pela Dra Dr. Marcos Pereira Marinho Aidar (Orientador – Inst. Botânica de São Paulo), Dr. Humberto Ribeiro da Rocha (IAG /USP – São Paulo) e Dr. Plínio Barbosa de Camargo (ESALQ / USP – Piracicaba).


Estoque de Necromassa em um cerrado sensu stricto e uma Floresta Ombrófila Densa Montana, no estado de São Paulo.


RESUMO

A necromassa desempenha um papel essencial para os processos ecológicos nas florestas. Se poucos estudos de necromassa foram realizados em florestas tropicais, não há nenhum estudo para o cerrado sensu stricto (savana brasileira) e a Floresta Ombrófila Densa Montana (floresta tropical), do estado de São Paulo, Brasil. O objetivo deste trabalho foi quantificar e descrever os padrões de necromassa de um cerrado sensu stricto e uma Floresta Ombrófila Densa Montana, ambos no estado de São Paulo. A hipótese de que área de floresta produz mais necromassa que o cerrado não se confirmou. O cerrado apresentou maiores densidades de necromassa que a floresta nas  3 classes de decomposição, distribuidas entre  classes de diâmetro (cm) “P-M” [2,0 – 9,9] e “G” (≥ 10,0), necro – grupos (Dicotiledôneas arbóreas, lianas, samambaias, palmeiras, bambus), assim como nos indivíduos caídos e mortos em pé. A avaliação do volume e número total de peças, apresentou respectivamente, 20470 m³.ha-1  com  30000 peças. ha-1 em T1, 13201 m³.ha-1  com   22150 peças. ha-1 em T2 para a  Floresta enquanto o cerrado apresentou  12300 m³.ha-1  com   15500 peças. ha-1 em T1, 6860 m³.ha-1  com  11350 peças. ha-1 em T2 . Os estoques anuais de necromassa em T1 e T2 foram respectivamente 4,89 Mg.ha-1 (±0,16) e 2,82 Mg.ha-1 (±0,18) para o  cerrado e de 3,44 Mg.ha-1 (±0,26) e 2,66 (±0,32) Mg.ha-1 para a floresta. Há uma inversão da ordem de importância das quantidades necromassa em cada uma das classe de decomposição, entre o período de dados coletados (intervalo 12 meses): se em  “T1”    a ordem foi grau 2-1-3,  em “T2” foi 3-1-2. O valor encontrado na necromassa do cerrado é explicada pela ausência de incêndios, excelentes condições nutricionais do solo e maior densidade, esta provavelmente uma resposta ao ambiente xérico.  A floresta, além de ter sido desmatada até 1977, como uma floresta tropical, tem grande disponibilidade hídrica e  diversidade de espécies, distribuindo o carbono e os recursos minerais de maneira ampla, tornando a densidade e a produção total necromassa mais baixas que o cerrado. O Teste de Wilcoxon revelou que não há diferença estatisticamente significativa entre os estoques de necromassa dos diferentes sítios (p-valor > 0,05).

Palavras-chave: Necromassa caída e em Pé; cerrado sensu stricto, Floresta Ombrófila Densa Montana; 3 classes de decomposição; Densidade da necromassa; Estimativa de perda massa de necromassa; Estimativa necromassa de ecossistemas tropicais.


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Estoque de Necromassa em um cerrado sensu stricto e uma Floresta Ombrófila Densa Montana, no estado de São Paulo.


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