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Ana Carolina Saraiva Pena Coto


Ana Carolina Saraiva Pena Coto, aluna do programa de pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt), defendeu no dia 13 de julho de 2007, sob orientação da Dra. Diclá Pupo Santos, sua Dissertação de mestrado intitulada:
“Biodiversidade de Clorófitas Marinhas Bentônicas do Litoral do Estado de São Paulo”.

A banca examinadora foi composta pelos pesquisadores Dr. Gilberto M. Amado Filho (Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro),
pelo Dr. Carlos Eduardo M. Bicudo (IBt/SP) e pela Dra. Diclá Pupo Santos (IBt/SP).

Dr. Gilberto M. Amado Filho (IPJB/RJ) Ana Carolina Saraiva Pena Coto e Dra. Diclá Pupo Santos (IBt/SP).

Dr. Gilberto M. Amado Filho (IPJB/RJ)
Ana Carolina Saraiva Pena Coto e
Dra. Diclá Pupo Santos (IBt/SP).


Biodiversidade de Clorófitas Marinhas Bentônicas do Litoral do Estado de São Paulo


RESUMO

O trabalho consistiu na realização de um levantamento florístico de clorófitas ao longo do litoral do Estado, como parte do projeto “Flora Ficológica do Estado de São Paulo”, Biota-FAPESP. Os objetivos gerais foram: conhecer a diversidade atual de clorófitas nos diversos ecossistemas costeiros marinhos e dar subsídios para o monitoramento e a utilização sustentável. Os objetivos específicos foram: realizar levantamento das espécies de Chlorophyta com base em estudos morfológicos; comparar a flora estudada com dados pretéritos, registrando o desaparecimento de táxons e a ocorrência de novos nas regiões estudadas.

As estações de coleta englobaram costões rochosos e manguezais do Litoral Norte, Baixada Santista e Litoral Sul, incluindo ilhas. Algumas estações foram amostradas tanto na região litorânea, quanto infralitorânea. A maior parte das amostragens foi realizada no período de 1999 a 2004.

O material coletado foi preservado em formalina (4%) e estudado com auxílio de equipamento óptico equipado com câmera fotográfica digital. Após o estudo, todo o material foi incluído no Herbário Maria Eneida P. K. Fidalgo, do Instituto de Botânica, SMA. Para alguns táxons, foram mantidos espécimes em cultura de laboratório, a fim de observar o desenvolvimento do talo. Comparações entre a flora atual e outras realizadas desde a década de 50, foram feitas usando índices de imilaridade de Jaccard. Foram identificadas 46 espécies distribuídas em quatro ordens. Ulvales foi representada por 13 táxons das famílias Ctenocladaceae, Gayraliaceae, Ulvaceae e Ulvellaceae. Em Cladophorales, foram 21 táxons pertencentes a Cladophoraceae e Siphonocladaceae. Bryopsidales foi representada por 11 táxons pertencentes a Bryopsidaceae, Codiaceae, Caulerpaceae e Udoteaceae. Dasycladales foi representada por uma única espécie, da família Polyphysaceae. Concluindo, foram observadas algumas mudanças na biodiversidade de clorófitas em relação a outros estudos. Algumas espécies, ocorrentes anteriormente, não foram encontradas, sugerindo uma perda de diversidade. Por outro lado, as espécies Bolbocoleon jolyi Pringsh., Pringsheimiella scutata (Reinke) Höhn. ex Marchew., Cladophora albida (Nees) Kütz., C. brasiliana G. Martens, C. catenata (L.) Kütz., C. corallicola Børgesen, C. pellucidoidea C. Hoek, C. sericea (Huds.) Kütz. e Bryopsis hypnoides J. V. Lamour., além de outra espécie de Cladophora não identificada, representaram novas ocorrências para o litoral paulista.


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Biodiversidade de Clorófitas Marinhas Bentônicas do Litoral do Estado de São Paulo


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