Gisele Carolina Marquardt
No dia 28 de setembro de 2012, a aluna Gisele Carolina Marquardt, do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente defendeu sua dissertação de mestrado intitulada “A Ordem Cymbellales (Bacillariophyceae) no Estado de São Paulo: levantamento florístico”.
Este trabalho contou com o apoio financeiro da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP – n° 2010/1465-8).A banca examinadora foi composta pelo orientador, Dr. Carlos Eduardo de Mattos Bicudo (Núcleo de Pesquisa em Ecologia/IBt), Dra. Lezilda Carvalho Torgan (FZB/RS) e Dra. Fernanda Ferrari (UTFPR).
A Ordem Cymbellales (Bacillariophyceae) no Estado de São Paulo: levantamento florístico
RESUMO
É apresentado o levantamento florístico da ordem Cymbellales (Bacillariophyceae) do estado de São Paulo com base na análise de 130 unidades amostrais coletadas de 75 municípios do estado. Para o estudo, amostras de plâncton foram obtidas com auxílio de rede e as de perifíton por coleta e remoção das diatomáceas aderidas aos talos de macrófitas aquáticas submersas. As amostras foram oxidadas e analisadas sobre microscopia de luz e microscopia eletrônica de varredura. Seis gêneros e um total de 82 áxons foram identificados, descritos, ilustrados e comentados, quando necessário. Características morfológicas e dimensões das frústulas foram providenciadas para todos os taxa registrados. Gomphonema e Placoneis foram os gêneros mais representativos no Estado de São Paulo por contribuírem, respectivamente, com 44,1% (37 táxons) e 17,4% (13 táxons) do total dos táxons identificados. Encyonemacontribuiu, por sua vez, com 13,9% (12 táxons) do total identificado, Encyonopsis com 11,6% (10 táxons), Cymbella com 9,3% (8 táxons) e Cymbopleura com 3,4% (3 táxons). 29 táxons apresentaram distribuição restrita nos ambientes estudados, pois foram registrados em apenas uma das amostras analisadas. 36 táxons (45,3%) são novas citações para o estado, sendo 13 delas representantes do gêneroPlaconeis. Ainda, 26 táxons foram identificados apenas em nível genérico devido à ausência de ilustrações ou descrições de indivíduos morfologicamente semelhantes na literatura clássica disponível, sendo que, alguns deles foram de ocorrência limitada nas amostras analisadas, dificultando a identificação devendo, portanto ser alvo de estudos posteriores. Deste modo, este levantamento contribui tanto para o conhecimento da biodiversidade diatomológica do Estado de São Paulo quanto para a distribuição geográfica das espécies, além de fornecer dados para futuros estudos taxonômicos e ecológicos.
Palavras-chave: Diatomáceas, taxonomia, Cymbellales, São Paulo.
Gisele Carolina Marquardt
A Ordem Cymbellales (Bacillariophyceae) no Estado de São Paulo: levantamento florístico
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