Leonardo Kenji Fujita
Leonardo Kenji Fujita defendeu sua dissertação de mestrado em 24 de Abril de 2015 intitulada: “Deposição atmosférica de íons provenientes de atividades antrópicas em fragmentos florestais inseridos na região metropolitana de Campinas, SP”.
A banca examinadora foi composta pela sua orientadora Profa. Dra. Marisa Domingos, Dr. João Vicente de Assunção, Dra. Adalgiza Fornaro.
Deposição atmosférica de íons provenientes de atividades antrópicas em fragmentos florestais inseridos na região metropolitana de Campinas, SP
RESUMO
A poluição atmosférica é um grande problema ambiental, que vem crescendo nos grandes centros urbanos, industriais e agrícolas. Poluentes afetam a fisiologia das plantas podendo causar diversos danos. Estudos demonstram que o material MP e os íons nele presentes causam impacto no clima e nos ciclos biogeoquímicos em ecossistemas, podendo afetar toda a biota. Assim, a amostragem de MP atmosférico e de água de chuva e sua caracterização química são essenciais para avaliação dos impactos potenciais que afetam a qualidade do ar e os ecossistemas. Neste estudo, objetivou-se monitorar a deposição dos principais íons presentes na deposição seca e úmida em uma região do Estado de São Paulo afetada por emissões antrópicas. O estudo foi realizado 05 municípios da região metropolitana de Campinas (RMC), que contém fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual. As amostragens de MP total foram realizadas entre janeiro/13 e janeiro/14, em sete locais próximos a esses fragmentos. Os eventos de água de chuva e MP total foram amostrados durante os períodos seco e úmido/2013, em 2 locais distintos quanto às fontes emissoras de poluentes, utilizando um coletor de deposição atmosférica modelo APS. Os íons contidos no MP foram solubilizados, filtradas e o pH e condutividade medidos. As concentrações iônicas em todas as amostras foram determinadas por cromatografia líquida de alta performance. A correlação entre as concentrações semanais de MP e os da CETESB foi positiva e significante (R2 = 0,63; p<0,001). As maiores concentrações foram medidas em Cosmópolis, ultrapassando180 mg/m3. A proporção entre cátions e ânions foi similar em todos os locais, com exceção de Paulínia (área industrial-I), cujo aporte catiônico foi maior. A concentração de íons no MP foi maior durante o período seco, sendo Na+, Ca+, NH4+, NO3– e SO42- os íons preponderantes. A análise fatorial apontou similaridade entre na composição do MP no local Campinas, Jaguariúna e Paulínia (cultivo de Citrus) e entre Holambra, Paulínia (I) e Paulínia (área urbana-U). Análises de cluster indicaram o solo, combustão e a aplicação de fertilizantes como uma importante fonte de íons. O maior número de amostras enriquecidas com íons ocorreu em Paulínia (I), Paulínia (U) e em Jaguariúna. A quantidade de água de chuva foi menor no período seco (medianas de 15 mm e 6,5 mm em Paulínia (I) e Campinas, respectivamente) do que no úmido (medianas de 16 mm e 36 mm). O pH variou entre 5,0-7,4. Os resultados mostram uma forte influência sazonal no aporte da deposição. A via principal de entrada de íons é pela água de chuva. As fontes emissoras industriais, urbanas e agrícolas se sobrepõem sendo a região mais influenciada pelas ressuspensão do solo e emissões agrícolas que as emissões industriais e urbanas.
Palavras-chave: poluição atmosférica, material particulado, monitoramento ambiental
Leonardo Kenji Fujita
Deposição atmosférica de íons provenientes de atividades antrópicas em fragmentos florestais inseridos na região metropolitana de Campinas, SP
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