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Ana Lívia Negrão Leite Ribeiro


No dia 23 de fevereiro de 2012, a aluna Ana Lívia Negrão Leite Ribeiro, bolsita CAPES do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e
Meio Ambiente defendeu sua dissertação de mestrado intitulada
“Respostas fisiológicas e bioquímicas de espécies de Hypnea J.V. Lamour. (Rhodophyta) frente às variações de nitrogênio e fósforo”.

A banca examinadora foi composta pela orientadora Prof. Drª Nair Sumie Yokoya do Núcleo de Pesquisa em Ficologia, Prof. Drª Estela Maria Plastino do Departamento de Botânica do Instituto de Biociências da USP e Prof Drª Elisabete de Santis Braga da Graça Saraiva do Instituto Oceanográfico da USP.


Respostas fisiológicas e bioquímicas de espécies de Hypnea J. V. Lamour. (Rhodophyta)
frente às variações de nitrogênio e fósforo


RESUMO

O nitrogênio e o fósforo são os principais elementos que limitam o crescimento das algas marinhas bentônicas e controlam a produtividade primária dos oceanos, e o nitrato e o amônio são íons importantes  que influenciam o crescimento desses organismos. Os estudos sobre a disponibilidade do nitrogênio e fósforo no meio marinho e seus efeitos na fisiologia e bioquímica das algas marinhas bentônicas são de grande relevância, uma vez que esses elementos são essenciais para o metabolismo desses organismos e são nutrientes responsáveis por impactos ambientais de origem antrópica. Assim, o presente estudo tem como principal objetivo contribuir para o conhecimento dos efeitos da disponibilidade de nitrogênio e fósforo sobre o crescimento e conteúdo de pigmentos e proteínas em Hypnea cervicornis J.Agardh, Hypnea musciformis (Wulfen in Jacquin) J.V. Lamour. e Hypnea sp. (Rhodophyta, Gigartinales). Os tratamentos testados foram preparados com água do mar esterilizada enriquecida com a solução de Von Stosch 25% sem nitrogênio e fósforo, e com adição de nitrato (NaNO3) ou de amônio (NH4Cl) e de fosfato (Na2HPO4.12H2O), mantendo uma razão de N:P de 100:1 e 10:1. As concentrações testadas de NO3 foram de 0, 100, 200, 300, 400 e 500 µM e de NH4+ foram de 0, 10, 20, 30, 40 e 50 µM. Cada tratamento foi testado com 6 repetições e foram determinadas a taxa de crescimento, morfometria, conteúdo de pigmentos fotossintetizantes e de proteínas solúveis totais. Os experimentos foram mantidos em temperatura de 23±3 ºC, fotoperíodo de 14 h, salinidade 30, pH 8,0 e densidade de fluxo fotônico de 60 a 90 μmol de fótons.m­-2.s-1. Nos tratamentos com limitação de nutrientes, as espécies apresentaram os menores valores na maioria das variáveis analisadas. Todas as espécies estudadas apresentaram uma afinidade ao nitrato em alta disponibilidade de fósforo no meio. As espécies estudadas também apresentaram afinidade ao amônio, entretanto H. cervicornis mostrou uma afinidade maior a esta fonte de nitrogênio e  Hypnea sp. foi mais sensível. As espécies apresentaram um crescimento linear nas adições de amônio, enquanto que em adição de nitrato, as TC apresentaram uma cinética de saturação. As espécies estudadas acumularam o nitrogênio (tanto nitrato quanto amônio) na forma de proteínas solúveis totais e ficobiliproteínas, sendo a ficoeritrina a principal forma de armazenamento.  Hypnea sp., H. cervicornis H. musciformis bioacumularam nitrogênio quando submetidas a altas concentrações de nutrientes no meio, o que lhes conferem características de espécies biofiltradoras, podendo ser utilizadas na biorremediação de ambientes eutrofizados.

Palavras-chave: Hypnea, amônio, nitrato, fosfato.


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Respostas fisiológicas e bioquímicas de espécies de Hypnea J. V. Lamour. (Rhodophyta)
frente às variações de nitrogênio e fósforo


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