Jéssica Cristina Cassimiro
No dia 30 de março de 2015, no anfiteatro do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt), a aluna de mestrado Jéssica Cristina Cassimiro, bolsista FAPESP, do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente defendeu sua Dissertação de Mestrado intitulada:
“Avaliação de índice de proteção à vegetação baseado na dose fitotóxica de ozônio”, sob orientação da Dra. Regina Maria de Moraes, do Núcleo de Pesquisa em Ecologia do Instituto de Botânica de São Paulo.
A banca examinadora foi presidida pela Dra. Regina Maria de Moraes e contou com a participação da Dra. Cláudia Maria Furlan (IB-USP) e do Dr. Sérgio Tadeu Meirelles (Departamento de Ecologia da Universidade de São Paulo / USP)
Avaliação de índice de proteção à vegetação baseado na dose fitotóxica de ozônio
ABSTRACT
Although ozone concentrations (O3) have increased in the Metropolitan Region of São Paulo (MRSP) annually, critical levels for vegetation protection against O3 adverse effects do not exist Some northern countries have adopted critical levels based on the phytotoxic ozone dose (DFO) absorbed by the stomata (DO3SE model), which has shown better correlation with injuries than concentration-based metrics. The aim of this study was to investigate the applicability of the model based on DFO for the tropical species Astronium graveolens Jacq. and to compare its performance with accumulated concentration indices AOT40 (the sum of hourly ozone concentrations over a threshold of 40 ppb), SUM00 (the sum of all daytime ozone concentration) and SUM06 (all hourly concentrations over a threshold of 60 ppb) in predict leaf injuries. Visible foliar injury and leaf senescence induced by O3 were the response variables. The central part of the model is stomatal conductance (gs), this one was measured at ambient conditions to evaluate the influence of environmental parameters on it. The model performance was assessed through the relationship between the measured and modeled gs. Different rate thresholds for the phytotoxic ozone dose were calculated. The foliar injury were analyzed throughout the study and associated with indices. Modeled versus measured relative stomatal conductance, shows a coefficient of determination (R2) of 0.40. Analyses revealed a significant relationship between SUM00 and POD0. Both performing equally well and they were superior, as compared to AOT40, for explain foliar injury. The conclusion is that the DO3SE model can be applied to ozone risk assessment to tropical vegetation. However further investigation is necessary to improve its predictive capacity.
Keywords: Ozone flux; stomatal conductance; foliar injuries
RESUMO
Apesar das concentrações de ozônio (O3) aumentarem anualmente na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), no Brasil não existem índices para a proteção da vegetação contra os efeitos deste poluente. Alguns países do hemisfério norte têm adotado níveis críticos baseados na dose fitotóxica de ozônio (DFO) absorvida pelos estômatos (modelo DO3SE). Este tem mostrado melhor correlação com as respostas das plantas, comparado às métricas baseadas na concentração acumulada de ozônio. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar a aplicabilidade do modelo baseado na DFO para a espécie tropical Astronium graveolens Jacq. e comparar sua performance com índices de concentração acumulada: EAO40 (soma das concentrações acumuladas de ozônio acima de 40 ppb), SOMA00 (soma das concentrações acumuladas de ozônio) e SOMA06 (soma das concentrações acumuladas de ozônio acima de 60 ppb). As injúrias foliares visíveis e a senescência foliar induzidas pelo O3 foram as variáveis-resposta. A parte central do modelo é a condutância estomática, que foi medida em condições ambientais visando determinar como os parâmetros ambientais a modulam. O desempenho do modelo foi avaliada através de análise de regressão entre a gs medida e a modelada. Diferentes níveis críticos forma testados para a DFO. Os sintomas foliares foram quantificados durante todo o experimento e relacionados com os índices. Análise de regressão entre a condutância medida e a modelada mostrou um coeficiente de determinação (R2) de 0,40. As análises apontaram uma relação significativa entre a SOMA00 e DFO0. Ambos os índices responderam de forma similar, explicando melhor as injúrias foliares do que a EAO40. O estudo sugere que o modelo DO3SE pode ser aplicado na avaliação dos riscos do ozônio à vegetação tropical. No entanto, são necessários mais estudos para aumentar sua capacidade preditiva.
Palavras-chave: fluxo de ozônio, condutância estomática, injurias foliares
Jéssica Cristina Cassimiro
Avaliação de índice de proteção à vegetação baseado na dose fitotóxica de ozônio
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