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Daiane Salete Broch Mignoni


Daiane Salete Broch Mignoni

Em 24 de abril de 2015, no Núcleo de Pesquisa em Fisiologia e Bioquímica-IBt,a aluna Daiane Salete Broch Mignoni obteve o título de Mestre pelo Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt/SP). Sua dissertação de mestrado, intitulada “Potencial fitotóxico de sementes de Sesbaniavirgata (Cav) Pers. sobre a germinação de sementes e o crescimento inicial de Leucaenaleucocephala (Lam) de Wit”, foi orientada pela Profa. Dra. Marcia Regina Braga (IBt/SP).
A dissertação foi avaliada pela banca examinadora, que foi presidida pela sua orientadora Profa. Dra. Marcia Regina Braga (IBt/SP ) e composta pelo Prof. Dr. Luiz Fernando de Almeida (UNESP/SP) e pelo pesquisador Prof.Dr. Nelson Augusto Santos Junior (IBt/SP).

Prof.Dr. Luiz Fernando Almeida (UNESP/SP) (esq.), Daiane Salete BrochMignoni, Profa. Dra. Marcia Regina Braga (IBt/SP) e Prof. Dr. Nelson Augusto dos Santos Junior (IBt/SP).

O projeto desenvolvido buscou ampliar os conhecimentos relacionados às interações químicas planta-planta, visando analisar a sensibilidade de uma espécie exótica, invasora e bem sucedida,às fitotoxinas exsudadas por S. virgata, uma espécie nativa brasileira descrita como invasora, especialmente em culturas de arroz irrigado. Foram estudadas as respostas bioquímicas durante a co-germinação de Leucaena leucocephalacom S. virgata. Os resultados obtidos com o trabalho reforçam a hipótese recente da segurança interna, que sugere que plantas exóticas e invasoras são sensíveis aos aleloquímicos produzidos por espécies nativas. Os dados obtidos neste estudo mostraram que L. leucocephala foi sensível aos aleloquímicos exsudados pelas sementes de S.virgata, porém o efeito inverso não foi observado.


Potencial fitotóxico de sementes de Sesbania virgata (Cav.) Pers. sobre a germinação de sementes e o crescimento inicial de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit


RESUMO

Sesbania virgata (Cav.) Pers. (sesbania) e Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit (leucena) são duas leguminosas, pioneiras, utilizadas por décadas na restauração de áreas degradadas. Sesbania, nativa da América do Sul, é de crescimento rápido e apresenta comportamento invasor em várias regiões. O flavonóide (+)-catequina é a principal fitotoxina encontrada nos exsudatos de suas sementes. Estudos prévios indicaram que ácido abscísico (ABA) está presente nas sementes de sesbania, entretanto, sua liberação ainda era desconhecida. Os exsudatos de sesbania são capazes de inibir a germinação e o crescimento inicial de espécies cultivadas. Eles também atrasaram a mobilização dos carboidratos de reserva em sementes de espécies nativas tropicais. Entretanto, a atividade inibidora de seus exsudatos ainda não havia sido avaliada sobre espécies exóticas. Leucena, espécie exótica, nativa do Sul do México e do Norte da América Central, produz grande quantidade de sementes e é considerada espécie invasora no Brasil. O objetivo deste trabalho foi estudar a exsudação de substâncias bioativas das sementes de leucena e seus efeitos em espécies cultivadas, e, avaliar a sensibilidade de leucena às fitotoxinas exsudadas de sementes de sesbania. Os resultados mostraram que sementes de leucena exsudam durante a embebição, açúcares, ABA, mimosina e compostos fenólicos, estes últimos, encontrados em maiores proporções. Seus exsudatos afetaram o crescimento inicial de tomate e arroz. Mimosina comercial inibiu o desenvolvimento das espécies-alvo, sugerindo ser a substância responsável pelo efeito alelopático dos seus exsudatos. Ao analisar a co-germinação de sesbania com leucena foi observado atraso na germinação das sementes e inibição no desenvolvimento inicial da espécie exótica. ABA é exsudado pelas sementes de sesbania até o 3º dia após a embebição, porém, este hormônio e (+)-catequina isolados não causaram os mesmos efeitos da co-germinação sobre leucena, indicando que outras substâncias presentes nos exsudatos de sesbania são responsáveis pela ação observada. Fitotoxinas exsudadas de sementes de sesbania atrasaram a mobilização dos carboidratos de reserva das sementes de leucena, reduzindo a atividade da endo-β-mananase. Os resultados obtidos mostraram que exsudatos de sementes de leucena causaram efeito alelopático sobre espécies cultivadas e a mimosina isolada mostrou ser um potente aleloquímico. Por outro lado, leucena foi sensível as fitotoxinas das sementes de sesbania, entretanto, os efeitos parecem não ser somente devido à presença de catequina e o ABA.
Palavras-Chave: Alelopatia, ácido abscísico, carboidrato de reserva, (+)-catechinto.


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Potencial fitotóxico de sementes de Sesbania virgata (Cav.) Pers. sobre a germinação de sementes e o crescimento inicial de Leucaena leucocephala (Lam.) de Wit


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