Denise Amazonas Pires
No dia 25 de abril de 2014, aluna da Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo, Denise Amazonas Pires, defendeu sua dissertação de Mestrado intitulada
“Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro reservatórios do Alto Tietê, Estado de São Paulo, com diferentes graus de trofia”.
O estudo foi orientado pela Dra. Andréa Tucci do Núcleo de Pesquisa em Ficologia.
A banca examinadora foi composta pela Dra. Andréa Tucci (orientadora/IBt), Dra. Marta Condé Lamparelli (CETESB) e Dra. Carla Ferragut (IBt).
O estudo teve como objetivo estimar a riqueza de espécies dos quatro reservatórios (diversidade alfa), entre reservatórios com graus de trofia diferentes (diversidade gama) e as mudanças nas composições do fitoplâncton entre esses sistemas (beta diversidade).
O trabalho também descreve algumas variáveis limnológicas dos locais de estudo.
Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro reservatórios do Alto Tietê,
Estado de São Paulo, com diferentes graus de trofia
RESUMO
As diversidades alfa, beta e gama são componentes da diversidade de espécies, que fornecem informações importantes para a seleção de áreas para conservação e manejo. A diversidade de espécies é comumente utilizada com outros grupos taxonômicos e, mais raramente, com a comunidade fitoplanctônica. O trabalho descreve a composição, atributos e componentes da diversidade fitoplanctônica, além dos resultados de alguns parâmetros limnológicos de quatro reservatórios (Billings, Guarapiranga, Jundiaí e Paiva Castro) da bacia do Alto Tietê, São Paulo, Brasil, com diferentes graus de trofia. O objetivo deste estudo foi estimar a riqueza de espécies de cada reservatório (diversidade alfa), entre reservatórios com graus de trofia diferentes (diversidade gama) e as mudanças nas composições fitoplanctônicas entre esses sistemas (beta diversidade). As coletas foram realizadas na sub superfície entre outubro de 2011 e setembro de 2012, nos compartimentos pelágicos em cada reservatório. A diversidade gama, quando considerado o número total de táxons fitoplanctônicos dos quatro sistemas de estudo, foi de 282 táxons, e o extrapolador de riqueza Sjack1 indicou uma suficiência amostral de cerca de 75%. Os reservatórios Billings e Paiva Castro, que são classificados como eutrófico e oligotrófico, respectivamente, apresentaram as menores diversidades alfa quando comparados aos demais reservatórios. Quanto à complexidade florística, contribuições significativamente maiores de espécies das classes Chlorophyceae e Cyanobacteria foram observadas nos quatro reservatórios estudados. Os maiores valores de diversidade beta foram encontrados entre os reservatórios com graus de trofia limítrofes, e os menores entre os reservatórios eutróficos. Além das diferenças no grau de trofia, os resultados sugerem que o tempo de residência da água tenha papel importante na estrutura do fitoplâncton, por interferir principalmente no estabelecimento dessa comunidade. Além disso, a maior similaridade entre os sistemas eutróficos parece ter sido influenciada pela conectividade entre os dois reservatórios.
Palavras – chave: biodiversidade, Cyanobacteria, fitoplâncton, índices de diversidade, riqueza de espécies.
Denise Amazonas Pires Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica
de quatro reservatórios do Alto Tietê, Estado de São Paulo, com diferentes graus de trofia
VOLTAR AS DISSERTAÇÕES E TESES