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Cristiane Aguiar Silva


Em 16 de abril de 2014, no anfiteatro do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt), Cristiane Aguiar Silva, aluna de mestrado do Programa de Pós Graduação Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica, bolsista CAPES, defendeu sua Dissertação de Mestrado intitulada
“Variações nas atividades enzimáticas antioxidantes em espécies nativas de
Floresta Estacional Semidecidual na Região Metropolitana de Campinas, SP”

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A banca examinadora foi presidada pela Dra. Patricia Bulbovas, do Núcleo de Pesquisa em Ecologia (IBt) e contou com a participação da Dra. Giselle de Carvalho,
Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP), Piracicaba
e do Dr. Danilo da Cruz Centeno, Universidade Federal do ABC (UFABC), Santo André.


Variações nas atividades enzimáticas antioxidantes em espécies nativas de
Floresta Estacional Semidecidual na Região Metropolitana de Campinas, SP


RESUMO

A toxicidade de poluentes atmosféricos às plantas deve-se ao seu alto poder oxidativo, gerando um quadro de estresse devido à formação de espécies reativas de oxigênio (ERO). Contra a ação oxidativa das ERO, as células vegetais possuem um sistema de defesa antioxidante. Avaliar as respostas antioxidantes das espécies vegetais permite indicar o seu potencial de tolerância aos fatores de estresse oxidativo de origem ambiental. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi conhecer o perfil e a variação espacial e sazonal da atividade das enzimas antioxidantes (ascorbato peroxidase – APX, glutationa redutase – GR, catalase – CAT, superóxido dismutase – SOD) em Astronium graveolens, Croton floribundus e Piptadenia gonoacantha, e avaliar se estas são capazes de impedir ou restringir danos celulares por meio da análise de indicadores de danos bioquímicos (peróxido de hidrogênio – H2O2, hidroperóxido dieno conjugado – HPDC e teores de pigmentos). Para tanto, plantas das espécies citadas foram coletadas em três fragmentos florestais da Região Metropolitana de Campinas e avaliadas quanto ao seu sistema antioxidante e indicadores de danos bioquímicos As coletas foram realizadas nas estações secas e chuvosas, dos anos de 2012 e 2013. A caracterização do ambiente (condições meteorológicas e qualidade do ar) também foi realizada e o conjunto de dados obtidos foi analisado estatisticamente. Entre os fragmentos florestais não foi possível observar uma tendência clara de que em algum deles as plantas estivessem sob maior ou menor efeito do estresse provocado pelas condições ambientais. Na estação úmida as plantas tiveram maior atividade de SOD e conteúdo de HPDC, tais resultados foram atribuídos à maior temperatura, radiação solar e concentração de O3. Na estação seca, as espécies apresentaram alta concentração de H2O2, que atuou como sinalizador para atividade de APX e CAT, ocasionando baixa concentração de HPDC. Tais respostas possivelmente estiveram relacionadas às elevadas concentrações de SO2, NO2, MP10. Comparando as espécies, A. graveolens teve menor atividade de APX e GR, elevadas concentrações de pigmentos e altos valores de HPDC. C. floribundus apresentou valores intermediários da atividade de enzimas e conteúdo de pigmentos. P. gonoacantha teve maior atividade de APX e GR e baixos teores de pigmentos. Analisando comparativamente o potencial de tolerância das espécies estudadas, pode-se concluir que A. graveolens é a menos tolerante e P. gonoacantha a mais tolerante.

Palavras – Chave: antioxidantes, estresse oxidativo, poluição atmosférica.


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Variações nas atividades enzimáticas antioxidantes em espécies nativas de
Floresta Estacional Semidecidual na Região Metropolitana de Campinas, SP.


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