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Daniella da Silva


No dia 29 de abril de 2005, a aluna Daniella da Silva do Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt) e bolsista FAPESP, defendeu sua dissertação de mestrado, intitulada:
“Dinâmica de populações de Microcystis (Cyanobacteria) em pesqueiros da Região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil”,
sob a orientação da Drª Célia Leite Sant’ Anna, pesquisadora do Instituto de Botânica de São Paulo.

A banca examinadora foi composta pela Drª Zuleika Beyruth (Instituto de Pesca – SP), Drª Maria Tereza de Paiva Azevedo (Instituto de Botânica – SP)
e sua orientadora, Drª Célia Leite Sant’ Anna (Instituto de Botânica – SP).


Dinâmica de populações de Microcystis (Cyanobacteria) em pesqueiros da
Região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil


RESUMO

Considerando que o gênero Microcystis é amplamente distribuído em corpos d’água eutrofizados, que as suas florações são quase sempre tóxicas, que as microcistinas acumulam-se na musculatura do peixe e que as informações sobre estes organismos em sistemas destinados à pesca e lazer são quase inexistentes, o objetivo do presente trabalho foi o conhecimento das espécies de Microcystis que ocorrem nestes pesqueiros, bem como suas relações com fatores ambientais. Assim, amostrou-se vinte pesqueiros localizados na RMSP, em duas épocas do ano ano: seca e chuva.
Foram medidos parâmetros climatológicos, físicos, químicos e biológicos. A análise qualitativa das populações de Microcystis foi realizada em microscópio óptico binocular. A análise quantitativa baseou-se em Utermöhl e a densidade foi calculada em número de organismos (org.mL-1). Para o biovolume multiplicou-se as densidades de cada espécie pelo seu volume. Aplicou-se Carlson modificado na caracterização trófica. Identificou-se no presente trabalho quatro espécies de Microcystis: M. aeruginosa, M. protocystis, M. wesenbergii e M. panniformis.
Outras cianobactérias encontradas freqüentemente em altas densidades foram Aphanocapsa holsatica, A. elachista, Merismopedia tenuissima e Synechococcus sp. Houve diferenças quali e quantitativas nas populações de Microcystis entre as duas épocas amostradas. Apesar destas apresentarem baixas densidades, provavelmente devido à turbulência, ausência de estratificação e abundância de nutrientes, contribuíram com elevada biomassa para 85% dos pesqueiros em pelo menos uma das duas épocas amostradas, provavelmente contribuindo significativamente para a taxa fotossintética e dinâmica do sistema. O período chuvoso apresentou maiores densidade, freqüência, biomassa e distribuição das espécies de Microcystis. A ação antrópica influenciou efetivamente a dinâmica destes sistemas e os parâmetros abióticos pouco variaram nos dois períodos amostrados. Algumas medidas que visem o controle adequado tanto do uso das rações (qualidade e quantidade) quanto da calagem, são de fundamental importância na manutenção da boa qualidade da água. Assim, promover-se-ia o desaceleramento da eutrofização e, conseqüentemente, haveria menor probabilidade de ocorrência de florações de algas e cianobactérias.


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Daniella da Silva
Dinâmica de populações de Microcystis (Cyanobacteria) em pesqueiros da Região Metropolitana de São Paulo, SP, Brasil


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