Dario Martins Palhares de Melo
No dia 27 de junho de 2008, o aluno de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica de São Paulo (IBt),
Dario Martins Palhares de Melo, defendeu sua tese de doutorado intitulada:
“Respostas fotossintéticas e germinação de sementes de Smilax goyazana A. DC. (Smilacaceae)”.
A banca examinadora que arguiu e aprovou o candidato foi composta pela Dra. Lílian Beatriz Penteado Zaidan (Orientadora/IBt),
Dra. Sandra Maria Carmello Guerreiro (Unicamp), Dra. Adriana Hissae Hayashi (IBt), Dra. Catarina Carvalho Niévola (IBt) e Dra. Regina Maria de Moraes.
Respostas fotossintéticas e germinação de sementes de Smilax goyazana A. DC. (Smilacaceae)
RESUMO
A família Smilacaceae é um grupo de monocotiledôneas dióicas de ocorrência mundial. Na América do Sul, apenas o gênero Smilax está representado. No Brasil Central, ocorrem cerca de sete espécies, das quais Smilax goyazana é a mais comum, aparecendo com razoável dominância fitossociológica no estrato herbáceo. Entretanto, pouco se conhece sobre essa espécie. Os objetivos deste trabalho foram: comparar as respostas fotossintéticas de plantas masculinas e plantas femininas, frente às principais variáveis ambientais do Cerrado, além de verificar os fatores envolvidos para a obtenção de germinação das sementes. Os estudos de respostas fotossintéticas foram baseados na taxa de assimilação de carbono e taxa de transpiração, fluorescência da clorofila a, variação diurna do potencial hídrico foliar. O valor máximo de assimilação de carbono foi similar entre plantas masculinas e femininas e entre a estação seca e a chuvosa, no valor médio de 10,5 (amplitude de 5,5 a 12,3) µmol CO2.m-2.s-1. As folhas de plantas femininas tenderam a uma maior taxa de transporte de elétrons que as folhas de plantas masculinas, porém, os valores não atingiram a significância estatística. O potencial hídrico foliar comporta-se de modo isoídrico. Foi verificado o efeito combinado, na germinação de sementes, de quatro regimes de temperatura, ausência ou presença de fotoperíodoe exposição ou não à giberelina. A semente é afotoblástica, e a germinação somente ocorreu a 25º C e a 30º C, mas a temperatura de 25 oC foi mais propícia à germinação que a temperatura de 30ºC. A exposição à giberelina não alterou a germinabilidade. As sementes apresentam teor reduzido de água (11%) e são caracterizadas como oleaginosas. Os polissacarídeos aparecem como o segundo grupo de compostos de reserva mais abundantes. Conclusão: não há diferenças entre respostas fotossintéticas de plantas masculinas e femininas. O perfil de transpiração foliar e assimilação de carbono a indicam como espécie clímax no ambiente. Para obtenção de mudas a partir de sementes, o melhor tratamento é manter as sementes úmidas a 25ºC constantes.
Palavras-chave: cerrado, seca, Smilacaceae, radícula, temperatura ótima
Dario Martins Palhares de Melo
Respostas fotossintéticas e germinação de sementes de Smilax goyazana A. DC. (Smilacaceae)
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