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Bárbara Baêsso Moura


No dia 26 de fevereiro de 2008, Bárbara Baêsso Moura, aluna de Pós-Graduação do Instituto de Botânica da Secretaria do Meio Ambiente de São Paulo, defendeu sua dissertação de mestrado intitulada
“Respostas estruturais em Ipomoea nil (L.) Roth cv. Scarlet O’Hara (Convolvulaceae) exposta ao ozônio.”

A banca examinadora foi composta por sua orientadora Dra. Edenise Segala Alves (Seção de Anatomia e Morfologia – Ibt) pela Dra. Regina Maria de Moraes (Seção de Ecologia – Ibt) e pela Dra. Adriana Hissae Hayashia (Seção de Anatomia e Morfologia – Ibt).


Respostas estruturais em Ipomoea nil (L.) Roth cv. Scarlet O’Hara (Convolvulaceae) exposta ao ozônio.


RESUMO

O ozônio troposférico é o mais importante poluente fotoquímico por ser muito reativo e fitotóxico. O biomonitoramento com plantas possibilita a visualização dos efeitos provocados por esse gás sendo que observações microscópicas representam uma importante ferramenta para a detecção precoce de sintomas. Com o presente trabalho, objetivou-se ampliar análises com Ipomoea nil L. cv. Scarlet O’Hara, auxiliando no estabelecimento de sua viabilidade como bioindicadora de ozônio em São Paulo. As plantas foram expostas por 28 dias no inverno e na primavera de 2006, no Parque do Ibirapuera – SP, local com altos índices do ozônio e em Casa de vegetação com ar filtrado. Amostras das folhas 5, 6 e 7 foram processadas seguindo técnicas usuais em anatomia vegetal, e parâmetros quantitativos e qualitativos foram avaliados. Testes estatísticos foram utilizados a fim identificar diferenças entre amostras. Em nível celular, nas plantas expostas no Parque do Ibirapuera, foram observados sintomas característicos descritos na literatura como um tipo de morte celular programada, intitulada resposta semelhante à de hipersensibilidade (“HR-like”, sigla em inglês), que abrange principalmente plasmólise em células do parênquima paliçádico; presença de protrusões pécticas nas paredes celulares indicadoras de processos oxidativos foram observadas no parênquimalacunoso. Dentre as características qualitativas foi observado nas plantas que se desenvolveram no inverno, comparada àquelas da primavera, uma menor espessura dos tecidos, menor porcentagem de tecido fotossintetizante, maior proporção de espaços intercelulares e menores valores de densidade e índice estomático, características estas relacionadas a uma maior sensibilidade ao ozônio. Embora a espécie apresente sintomas que validam o estresse provocado pelo ozônio, existe uma sazonalidade no desenvolvimento estrutural das folhas em diferentes estações do ano, que pode acarretar respostas não homogêneas da planta se utilizada em programas de biomonitoramento.

Palavras-chave: oxidante fotoquímico, anatomia da folha, bioindicador, biomonitoramento


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Respostas estruturais em Ipomoea nil (L.) Roth cv. Scarlet O’Hara (Convolvulaceae) exposta ao ozônio.


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