Patrícia Giampaoli
No dia 25 de Fevereiro de 2010 a aluna Patricia Giampaoli do Programa de Pós Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente,
defendeu sua dissertação de mestrado, intitulada
“Efeito de cobre e zinco no desenvolvimento in vitro de Aechmea blanchetiana (Baker) L.B. Smith”.
A banca examinadora foi composta por Dr. Armando Reis Tavares (Instituto de Botânica – presidente da banca e orientador), Dra. Helenice Mercier (Universidade de São Paulo – membro externo) e Dr. Giulio Cesare Stancato (Instituto Agronômico de Campinas – membro interno).
Efeito de cobre e zinco no desenvolvimento in vitro de Aechmea blanchetiana (Baker) L.B. Smith
RESUMO
O rápido aumento populacional mundial e a urbanização geram problemas ambientais como a poluição atmosférica, impermeabilização do solo e impacto sobre a qualidade da água. Metais pesados são elementos presentes no material particulado disperso no ar, solos e águas residuárias, podendo ser tóxicos quando em altas concentrações e reagem com macromoléculas e ligantes presentes nas membranas moleculares, ocorrendo a bioacumulação. Os metais pesados podem causar alterações no crescimento e metabolismo das plantas e na formação de espécies ativas do oxigênio (EAOs) ocasionando estresse oxidativo. As bromélias vêm sendo estudadas como acumuladora de metais, entretanto pouco se conhece sobre os efeitos dos metais pesados no metabolismo dessas plantas. O estudo teve como objetivo avaliar o crescimento e desenvolvimento de Aechmea blanchetiana cultivadas in vitro em diferentes concentrações de cobre (Cu) e zinco (Zn), pela análise das variáveis biométricas de crescimento, teores de macro e micronutrientes, poliaminas e ácido ascórbico (AA), atividade das enzimas ascorbato peroxidase (APX) e superóxido dismutase (SOD), e acúmulo de peróxido de hidrogênio (H2O2) utilizando a diaminobenzidina (DAB) como cromógeno. As plantas foram obtidas pela germinação de sementes in vitro e aos 210 dias transferidas para os tratamentos 0,0; 0,145; 1,45 e 14,5 µM Cu e 0,0; 2,75; 27,5 e 275 µM Zn no meio MS (Murashige & Skoog 1962), modificado com metade das concentrações de macronutrientes. Não foram observadas cloroses ou necroses nas plantas em todos os tratamentos. O acúmulo de cobre e zinco ocorreu somente nas concentrações de 14,5 µM de Cu e 275 µM de Zn, não havendo alterações nos teores de macro e micronutrientes. Os teores da poliamina espermina aumentaram com a elevação da concentração de Zn e diminuíram com a elevação da concentração de Cu. Houve acúmulo de H2O2, por meio da coloração por DAB, nas plantas cultivadas nos tratamentos 1,45 e 14,5 µM de Cu e 27,5 e 275 µM de Zn. Os resultados indicam que o Cu e Zn alteraram a atividade de parte do ciclo ascorbato-glutationa e da produção de H2O2, podendo estar relacionada com a ação sinalizadora do sistema de defesa do estresse oxidativo. O estudo mostrou que a espécie Aechmea blanchetiana apresentou tolerância às concentrações de cobre e zinco utilizadas no meio MS e que a técnica de cultivo in vitropode ser utilizada como ferramenta para o estudo de alterações metabólicas de plantas em condições de estresse por metais pesados.
Palavras chaves: Bromeliaceae, metal pesado, cultivo in vitro, EAOs
Patrícia Giampaoli
Efeito de cobre e zinco no desenvolvimento in vitro de Aechmea blanchetiana (Baker) L.B. Smith
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