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Luciana Jandelli Gimenes


Luciana Jandelli Gimenes, aluna do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente do Instituto de Botânica (IBt) e bolsista CAPES, defendeu no dia 26 de julho de 2011 sua tese de doutorado com o título:
” Biodegradação de pentaclorofenol por Trametes villosa (Sw.) Kreisel: análises bioquímicas e moleculares”.

A banca examinadora foi composta pelo seu orientador Dr. Dácio Roberto Matheus (UFABC), Dra. Elen Aquino Perpetuo (CEPEMA- Poli/ USP), Dra. Milena de Luna Alves Lima (UFPR), Dra. Adriana de Mello Gugliotta (IBt) e Dra. Rosemeire Aparecida Bom Pessoni (Universidade Metodista).

Da esquerda para a direita: Dra. Milena de L. A. Lima, Dra. Rosemeire Bom Pessoni, Dra. Adriana de M. Gugliotta, Dr. Dácio R. Matheus, Luciana J. Gimenes e Dra. Elen A. Perpetuo.

Da esquerda para a direita: Dra. Milena de L. A. Lima, Dra. Rosemeire Bom Pessoni, Dra. Adriana de M. Gugliotta,
Dr. Dácio R. Matheus, Luciana J. Gimenes e Dra. Elen A. Perpetuo.


“Biodegradação de pentaclorofenol por Trametes villosa (Sw.) Kreisel: análises bioquímicas e moleculares”


RESUMO

Em estudos anteriores, duas linhagens de Trametes villosa (Sw.) Kreisel foram selecionadas por apresentarem comportamentos diferentes quanto às atividades enzimáticas e às taxas de degradação de pentaclorofenol (PCF), mostrando-se adequadas em sistemas de biorremediação de solos contaminados com organoclorados. O fato de linhagens de uma mesma espécie apresentarem comportamento fisiológico diferente quanto à degradação de PCF pode representar uma grande vantagem no estudo molecular dos genes e fatores que regulam a atividade enzimática e a degradação de xenobióticos. Análises moleculares em fungos basidiomicetos relacionadas aos genes de enzimas ligninolíticas estão sendo realizadas, mas, até o momento, não há estudos da correlação entre a degradação de poluentes e a identificação desses genes por técnicas moleculares. Foram avaliadas atividades de fenoloxidases e a degradação de PCF por quatro linhagens de T. villosa de diferentes localidades do Brasil. Evidenciaram-se perfis enzimáticos distintos entre os isolados na presença de PCF. Na ausência de PCF a atividade enzimática de CCIBt 3393 e CCIBt 2513 em solo foi aproximadamente de 40 UL-1, enquanto para CCIBt 2550 e SC foi menor, em torno de 9 UL-1, o que aumentou significativamente na presença do PCF, elevando as atividades para 300 UL-1 e 90 UL-1, respectivamente. Nos cultivos destas linhagens em meio Batata-Dextrose-Ágar, as atividades enzimáticas corresponderam às observadas em solo. Todas as linhagens apresentaram taxas de degradação após seis dias de incubação em cultivo em solo. A linhagem SC foi capaz de degradar 63,8% de PCF, a linhagem CCIBt 2513 degradou 42,2% e as linhagens CCIBt 2550 e CCIBt 3393 exibiram taxas de degradação de 35,9 % e 24,2% respectivamente, fato muito interessante se comparado com trabalhos anteriores com períodos muito maiores de incubação. Visando identificar genes de T. villosa envolvidos na degradação de PCF, foi adotada a técnica de hibridização subtrativa por supressão, onde foram encontrados genes potencialmente envolvidos na degradação desta molécula, tais como: citocromo P450, oxidases, monooxigenases e desidrogenases. Dentre estes, foram selecionados cinco genes para verificação da expressão gênica após a exposição de T. villosa ao pentaclorofenol, por meio da análise RT-PCR quantitativo em tempo real. Foram observados maiores níveis de expressão de um gene codificador de citocromo P450 e, com menor intensidade, de um gene codificador de monooxigenase ligada a flavina, após a exposição do fungo ao PCF.

Palavras chave: Basidiomicetos, biodegradação, citocromo P450, fenoloxidase, PCR em tempo real, xenobióticos.

Trametes villosa (Sw.) Kreisel (Foto: A. M. Gugliotta)

Trametes villosa (Sw.) Kreisel (Foto: A. M. Gugliotta)


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“Biodegradação de pentaclorofenol por Trametes villosa (Sw.) Kreisel: análises bioquímicas e moleculares”


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