A Palinologia é a ciência que trata da morfologia dos grãos de pólen, esporos de samambaias, licófitas e briófitas e alguns outros elementos figurados, recuperados dos restos orgânicos sedimentares. É aplicada em diversas áreas do conhecimento que utilizam a Palinologia em suas pesquisas, como na Saúde, em especial auxiliando os médicos alergistas e indústrias farmacêuticas ao identificar o pólen alergênico de algumas espécies vegetais; nas Ciências Agrárias, Zootecnia, Recursos Florestais, Engenharia Florestal e Tecnologia de Alimentos, certificando a origem botânica e a qualidade dos produtos apícolas para apicultores, meliponicultores e indústrias de alimentos; nas Ciências Biológicas (Botânica, Ecologia, Zoologia) embasando os estudos de polinização; e nas Geociências (Geologia) e Ciências Humanas (Geografia), fornecendo informações atuais e pretéritas sobre a sedimentação esporo-polínica nos diferentes ecossistemas, para complementar as pesquisas de geólogos, paleobotânicos, arqueólogos, e para a indústria petrolífera.
- Descubra a importância dos grãos de pólen por Aline Lemos (Vídeo)
- Veja a importância da palinologia por Gabriela Sakugawa (Vídeo)
- Morfologia do pólen de árvores do Brasil – um complemento à obra de Harri Lorenzi: árvores brasileiras por Cynthia Fernandes Pinto da Luz (Livro)
Atendimento, uso do laboratório e consulta à coleção
Para atender os pesquisadores, estão disponibilizadas todas as facilidades do Laboratório PALINO–IPA que permitem o devido aprendizado, treinamento e especialização em técnicas analíticas de manipulação, preparação e análise nas Ciências Ambientais. A formação de recursos humanos em diversos níveis sempre foi importante atribuição da equipe do Laboratório PALINO–IPA desde sua fundação, com especial atuação em Programas de Pós-graduação nacionais e em estágios de Iniciação Científica, incluindo vários estudantes estrangeiros, com muitos ainda atuando profissionalmente na Palinologia.
As facilidades também estão disponíveis para empresas públicas e privadas de diversos setores econômicos, permitindo inclusive o apoio a pequenas empresas e de Arranjos Produtivos Locais, proporcionando o desenvolvimento de ciência e tecnologia do país, preservando o Meio Ambiente e os importantes biomas das unidades de conservação. Consulte nossa Tabela de Preços e Serviços Técnicos Especializados.
A visitação da Coleção Palinoteca e o acesso aos dados da Coleção Palinoteca, que inclui as Palinotecas de Referência, Ecológica, Paleoecológica e Didática, e Repositório Palinoteca (biblioteca com obras especializadas na Palinologia), são feitos somente no próprio Laboratório PALINO-IPA, através da consulta in loco, sem intercâmbio (empréstimo, doação ou permuta). A visitação e o acesso aos dados são permitidos a qualquer interessado, com uma razão científica legítima para a consulta da coleção, e que atenda às disposições do Regulamento da Coleção Palinoteca.
A utilização dos espaços do Laboratório PALINO–IPA, para a realização de preparação laboratorial de amostras e/ou análises palinológicas ao microscópio óptico, assim como para a realização de treinamentos e cursos, é permitida a qualquer interessado com uma razão técnico-científica legítima.
Para agendamento da utilização do Laboratório PALINO-IPA, incluindo a Coleção Palinoteca, é necessário preencher o Formulário de Agendamento PALINO-IPA, explicando a necessidade de uso dos espaços e enviá-lo junto a um e-mail para o seguinte endereço eletrônico: ipa.palino@sp.gov.br.
Em caso de dúvidas e/ou necessidade de auxílio, ou permanência fora do expediente, favor contatar as pesquisadoras Cynthia Fernandes Pinto da Luz (cluz@sp.gov.br) e/ou Alethea Ernandes Martins Sallun (asallun@sp.gov.br). Ramal do Laboratório PALINO-IPA: 6098. Para ligações externas: (11) 5067-6098. Para outros atendimentos, consulte nossa Tabela de Preços e Serviços Técnicos Especializados.
Análises realizadas, equipamentos e serviços disponíveis:
O Laboratório PALINO–IPA conta com:
1) Áreas de preparação de amostras palinológicas: Laboratório de Palinologia Ambiental e Fóssil e Laboratório de Palinotaxonomia;
2) Laboratório de Microscopia: equipado com vários estereomicroscópios, microscópios ópticos e fotomicroscópios para aquisição de imagens digitalizadas;
3) Laboratório de Treinamento e Produção Multimídia: com capacidade para 30 pessoas (20 pessoas sentadas em bancadas adaptadas para a observação de material esporo-polínico em microscópios e outras 10 pessoas sentadas), e uma biblioteca que conta com mais de 3.000 separatas e livros especializados em Palinologia (Repositório Palinoteca), incluindo todas as publicações da “Flora polínica do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga” no periódico Hoehnea, abrangendo 94 famílias do parque já publicadas desde o início dos estudos em 1984.
4) Coleção Palinológica (Palinotecas de Referência, Ecológica, Paleoecológica e Didática): para o desenvolvimento das pesquisas acadêmicas, projetos científicos e serviços técnicos especializados, o Laboratório PALINO–IPA contém em suas instalações a maior Coleção Palinológica do Brasil, cuja coleção de lâminas de microscopia permanentes, contendo grãos de pólen e esporos de samambaias e licófitas, possuem vouchers depositados nos herbários. Na referida coleção, encontram‐se grãos de pólen e esporos de espécies da Mata Atlântica, Cerrado, Restinga, entre outros. Como fruto dos trabalhos desenvolvidos ao longo dos anos no Laboratório PALINO–IPA, importante e distinta Coleção palinológica está constituída nas Palinotecas Didática, Ecológica e Paleoecológica. A Coleção Palinoteca do IPA teve início na década de 60 do século XX, com a coleção de lâminas de Cerrado advinda das pesquisas desenvolvidas pelo grupo liderado pela Dra. Maria Léa Salgado-Labouriau, no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Seção de Geobotânica. Em 1969, a coleção foi transferida para o Edifício da Fitotaxonomia, na Seção de Dicotiledôneas, sob a curadoria da Dra. Therezinha Sant´Anna Melhem, local onde permanece até os dias atuais. Passou por uma reforma em 1998 com recursos oriundos da FAPESP, ampliando seu espaço para até 180.000 lâminas. O pólen, esporo e demais elementos palinológicos são depositados na coleção somente após terem sido medidos, descritos morfologicamente, fotografados, e apresentados em publicações científicas ou em dissertações de mestrado e teses de doutorado. A Coleção Palinológica constitui-se em um suporte para as pesquisas voltadas aos estudos taxonômicos, de espécies melíferas, alergógenas, contidas nos sedimentos de solo, na precipitação esporo-polínica da atmosfera, dentre outras.
Nas facilidades do Laboratório PALINO–IPA podem ser contratados Análises Laboratoriais e Serviços Técnicos Especializados, conforme descrição a seguir. Consulte nossa Tabela de Preços e Serviços Técnicos Especializados.
1) Identificação de caracteres palinológicos de cunho taxonômico para dar suporte à sistemática vegetal;
2) Análises da morfologia polínica de Gimnospermas e Angiospermas ocorrentes em vários Biomas brasileiros, inclusive em áreas degradadas, com base em material fresco e herborizado;
3) Certificação da origem botânica, qualidade e procedência do mel e de produtos apícolas (pólen apícola, própolis, geoprópolis, etc.) das abelhas da superfamília Apoidea (ordem Hymenoptera);
4) Análise polínica das fontes florais utilizadas na alimentação de vários animais polinizadores (ordens Apodiformes, Lepidoptera, Chiroptera, etc.);
5) Análises em sedimentos de solo e testemunhos de sondagem – reconstituição do ambiente e da sucessão da vegetação para aplicação em mudanças climáticas no Quaternário;
6) Análises da dispersão aérea esporo-polínica (chuva polínica) aplicada aos estudos sobre alergias (polinoses) e outros;
7) Análises para a Arqueopalinologia, relacionada a sítios e paisagens associados à ação do Homem pré-histórico;
8) Subsídio técnico-científico para estudos diversos de propriedade intelectual e de apoio a comunidades dos Arranjos Produtivos Locais (APLs), em especial para Indicação Geográfica através da identificação de um produto ou serviço como originário de um local, região ou país;
9) Análises ambientais diversas, em especial nos campos da biodiversidade, botânica, geociências e ciências florestais.
Projetos vinculados em andamento:
1) Manejo, proteção e conservação da biodiversidade paulista: revitalização do Laboratório de Palinologia do Instituto de Pesquisas Ambientais;
2) Mudanças climáticas de um fragmento urbano de Mata Atlântica na região metropolitana de São Paulo: um estudo integrado de Geoquímica e Palinologia;
3) Sustentabilidade ambiental e econômica da cadeia produtiva do mel em quilombos situados em unidades de conservação do Vale do Ribeira;
4) Desafios para a conservação da biodiversidade frente às mudanças climáticas, poluição e uso e ocupação do solo;
5) Palinologia em solos de Turfeiras e Veredas com vistas à reconstituição paleoambiental em áreas de Cerrado;
6) Efeitos da disponibilidade hídrica e aumento da temperatura nos grãos de pólen de Bromeliaceae da Reserva da Biosfera do Cinturão Verde de São Paulo;
7) Palinotaxonomia das Justicióides (Acanthaceae) do Novo Mundo;
8) Palinotaxonomia e evolução de caracteres polínicos de representantes do clado informal Adesmia (Leguminosae – Papilionoideae – Dalbergieae);
9) Certificação da origem botânica e geográfica do mel de Apis mellifera L. oriundo da Comunidade Quilombola Piririca, município de Iporanga, Vale do Ribeira (São Paulo);
10) Polinização e recursos florais de Calophyllum brasiliense Cambess. (Calophyllaceae) e Garcinia gadneriana (Planch. & Triana) Zappi (Clusiaceae) para abelhas indígenas do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil;
11) Biologia reprodutiva e qualidade de sementes de Nidularium minutum mez;
12) Reconstituição paleoambiental da turfeira de Pinheiros, Serra do Espinhaço Meridional, Minas Gerais;
13) Reconstituição paleoambiental utilizando uma abordagem multi-proxys em uma turfeira do Parque Estadual da Campina do Encantado em Pariquera Açu-SP;
14) Tipificação do mel monofloral de Assa-peixe produzido em Dom Joaquim, Serra-do-Cipó (Minas Gerais, Brasil): determinação de origem botânica, geográfica e suas propriedades;
15) O mel do Vale do Jequitinhonha: fortalecimento da cadeia produtiva e estudos de tipificação do mel de Aroeira de abelhas indígenas sem ferrão e de Apis mellifera, visando a indicações geográficas;
16) Caracterização química e bioativa do mel de “Canudo-de-pito” produzido na região de São Joaquim, Santa Catarina.
Informações Gerais:
Dimensões: 480 m².
Composto por 13 ambientes: Coleção Palinoteca (Palinoteca de Referência, Palinoteca Ecológica, Palinoteca Paleoecológica, Palinoteca Didática e Repositório Palinoteca), Sala de Gerência, Sala de Alunos e Estagiários, Laboratório de Treinamento e Produção Multimídia, Laboratório de Microscopia, Sala de Equipamentos e Insumos de Laboratório, Sala de Lavagem, Laboratório de Palinotaxonomia, Salas de Pesquisa, Laboratório de Palinologia Ambiental e Fóssil, Sala de Curadoria da Palinoteca, Sala de Amostras e Sala Palinoteca.
Descrição do uso: laboratórios, coleções científicas, salas de pesquisa e ambientes para eventos e treinamentos para formação de recursos humanos em Meio Ambiente.
Localização: IPA – Unidade Jardim Botânico, no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (PEFI).
Horário de funcionamento: 8:30 às 17:30h.
Gestão: Núcleo de Uso Sustentável de Recursos Naturais do Centro de Pesquisas do IPA.
Portarias:
- Portaria IPA nº 024/2022, 06 de julho de 2022 – dispõe sobre a denominação do Laboratório de Palinologia do Instituto de Pesquisas Ambientais – IPA (PALINO–IPA).
- Portaria IPA nº 025/2022 de 06 de julho de 2022 e Portaria IPA nº 01/2023 de 04 de janeiro de 2023 – criação e designação da Comissão Técnica do Laboratório de Palinologia (PALINO–IPA) do Instituto de Pesquisas Ambientais.
- Portaria IPA nº 040/2022, de 08 de dezembro de 2022 – designa o Curador Geral e os Curadores Específicos das Coleções Biológicas, Geológicas e Paleontológicas do Instituto de Pesquisas Ambientais, dentre elas, a Coleção Palinoteca (curadoria da Cynthia Fernandes Pinto da Luz).
Contato e Informações: ipa.palino@sp.gov.br; telefone: +55 11 5067-6098
Equipe:
- Cynthia Fernandes Pinto da Luz – cluz@sp.gov.br (Coordenadora)
- Alethea Ernandes Martins Sallun – asallun@sp.gov.br
- Luciano Mauricio Esteves – lmesteves@sp.gov.br
- William Sallun Filho – wfilho@sp.gov.br
Apoio Técnico à Pesquisa:
- Nívea Aparecida da Silva Oliveira – naoliveira@sp.gov.br
- Sergio Rosendo Batista – sergiorosendo@sp.gov.br
Laboratórios do IPA
Unidade jardim Botânico
- Laboratório de Estudos ambientais – LEA
- Laboratório de Micologia Básica – LMB
- Laboratório de Palinologia – PALINO
- Laboratório de Anatomia Vegetal – LAVeg
- Laboratório de Biotecnologia de Plantas Nativas e/ou Comerciais – LBPNC
- Laboratório de Ecofisiologia e Bioquímica de Plantas – LEBP
- Laboratório de interação Atmosfera-Planta – LABIAP
- Laboratório de Pesquisas em Macroalgas Marinhas – LabAlgas
- Laboratório de Taxonomia e Ecologia de Microalgas – LAC
- Laboratório de Ecologia Terrestre e Aquática – LECO
- Laboratório de Micologia Aplicada – LMA
- Laboratório de Pesquisa em Sementes – LPS
- Laboratório Experimental de Áreas Verdes – LEAV
Unidade Vila Mariana
- Laboratório de Análises Geológicas – LABGEO
- Laboratório de Microscopia Petrográfica – LABPETRO
- Laboratório de Hidrossistemas Cársticos – LHC
Unidade Horto Florestal
- Laboratório de Anatomia e Propriedades de Madeira – LAPM
- Laboratório de Análise e Pesquisa de Sementes Florestais – LAPSF
PESM – Cunha