OBJETIVO
A Palinoteca do Laboratório de Palinologia – PALINO-IPA tem como objetivo ser depositária, realizar a guarda, a preservação e a manutenção do acervo de lâminas de microscopia contendo grãos de pólen e esporos de samambaias e licófitas, possibilitando e subsidiando a pesquisa científica e o uso técnico e educativo dos materiais.
Tem como missão gerar, organizar, perpetuar e difundir o conhecimento palinológico, subsidiando pesquisas e projetos científicos na área palinológica e biogeográfica realizados no âmbito nacional e internacional.
HISTÓRIA
A Palinoteca do antigo Instituto de Botânica teve início na década de 60 do século XX, com a coleção de lâminas de Cerrado, advinda das pesquisas desenvolvidas pelo grupo liderado pela Dra. Maria Léa Salgado-Labouriau, no Laboratório de Fisiologia Vegetal da Seção de Geobotânica. Em 1969, a coleção foi transferida para o Edifício da Fitotaxonomia, na Seção de Dicotiledôneas, sob a curadoria da Dra. Therezinha Sant´Anna Melhem, local onde permanece até os dias atuais.
A Palinoteca passou por uma reforma em 1998, com recursos oriundos da FAPESP, ampliando seus espaços e adquirindo novos armários planejados especialmente para a coleção, com gavetas para acomodação das lâminas de microscopia horizontalmente, possibilitando sua expansão para até 180.000 lâminas.
Pelo Decreto 55.165/2009, que instituiu, à época, um novo organograma para o Instituto de Botânica, criou-se o Conselho de Curadores dos acervos. Na ocasião, a Dra Cynthia Fernandes Pinto da Luz assumiu a curadoria da Palinoteca, permanecendo na função até os dias atuais.
IMPORTÂNCIA e USOS
A Coleção Palinoteca – PALINO-IPA é um rico acervo que rotineiramente é utilizado pelos pesquisadores científicos em suas análises, auxiliando as pesquisas desenvolvidas pela equipe do laboratório e por alunos de graduação e pós-graduação. Constitui-se em um suporte para as pesquisas voltadas aos estudos taxonômicos, de espécies melíferas, alergógenas, contidas nos sedimentos de solo, na precipitação esporo-polínica da atmosfera, dentre outras.
Os dados gerados sobre a morfologia esporo-polínica dos espécimes depositados na Palinoteca podem ser aplicados em diversas áreas do conhecimento, como na Saúde, em especial auxiliando os médicos alergistas e indústrias farmacêuticas ao identificar o pólen alergênico de algumas espécies vegetais; nas Ciências Agrárias, Zootecnia, Recursos Florestais e Engenharia Florestal e Tecnologia de Alimentos, certificando a origem botânica e a qualidade dos produtos das abelhas para apicultores, meliponicultores e indústrias de alimentos; nas Ciências Biológicas (Botânica, Ecologia, Zoologia), embasando os estudos de polinização; nas Geociências (Geologia) e Ciências Humanas (Geografia), fornecendo informações atuais e pretéritas sobre a sedimentação esporo-polínica nos diferentes ecossistemas, para complementar as pesquisas de geólogos, paleobotânicos, arqueólogos, e para a indústria petrolífera.
DESCRIÇÃO DO ACERVO
O Laboratório de Palinologia – PALINO-IPA possui o maior acervo palinológico do país, depositado em uma Palinoteca.
A Palinoteca conta com lâminas de microscopia contendo pólen e esporos de famílias de plantas da atualidade, bem como de diversos tipos de amostras, com os dados descritivos e registros fotográficos desse material já publicados em periódicos institucional, nacionais e internacionais.
Existem quatro subcoleções da Palinoteca:
Palinoteca de referência: é a coleção de lâminas de microscopia contendo grãos de pólen e esporos de samambaias e licófitas acetolisados, montados em gelatina-glicerinada e selados com parafina.
Conta com cerca de 25.253 lâminas, provenientes de cerca de 3.000 espécies vegetais brasileiras, determinadas por especialistas nas diversas famílias botânicas e que possuem vouchers depositados nos herbários, compreendendo centenas de espécies viventes, incluindo as plantas herbáceas, arbustivas e arbóreas;
Palinoteca ecológica: é a coleção de lâminas de microscopia contendo grãos de pólen e esporos de samambaias e licófitas não acetolisados e acetolisados, montados em gelatina-glicerinada e selados com parafina, provenientes de amostras analisadas de produtos apícolas e meliponícolas, de várias regiões do Brasil.
Conta com cerca de 4.579 lâminas, provenientes de produtos apícolas e meliponícolas, bem como com aproximadamente 4.000 lâminas de amostras recolhidas dos corpos de polinizadores (mariposas, borboletas, aves, morcegos);
Palinoteca Paleoecológica: é a coleção de lâminas de microscopia contendo grãos de pólen e esporos de samambaias e licófitas acetolisados, de amostras analisadas de sedimentos e solos quaternários contendo microfósseis, montados em gelatina-glicerinada e selados com parafina.
Conta com cerca de 3.500 lâminas;
Palinoteca didática: é a coleção de lâminas de microscopia contendo grãos de pólen e esporos de samambaias e licófitas acetolisados, montados em gelatina-glicerinada e selados com parafina.
Conta com 153 lâminas de diversas espécies e que são usadas em aulas de Palinologia, ministradas pela equipe do Laboratório de Palinologia PALINO-IPA.
A documentação da Palinoteca de referência e Palinoteca didática é feita através do registro no catálogo geral (livro) e no banco de dados informatizado, onde são inseridos os números de registro da exsicata (n.º de tombo), siglas dos herbários, nomes das famílias, nomes das espécies, locais de coleta, coordenadas geográficas, biomas, localização das lâminas de microscopia nas gavetas apropriadas em que se encontram depositadas nos armários e quantidades de lâminas de cada espécie. As lâminas de microscopia são gravadas com caneta de ponta diamantada, onde constam os dados do nome da família, nome da espécie, sigla e número do herbário.
A documentação da Palinoteca ecológica e paleoecológica é feita através do registro em fichas controle em papel e no banco de dados informatizado, em planilha separada da Palinoteca de referência, onde são inseridos os números de registro das amostras, tipos de amostras, locais de coleta, coordenadas geográficas, biomas, localização das lâminas de microscopia nas gavetas em que estão depositadas e as quantidades de lâminas de cada amostra. As lâminas de microscopia são etiquetadas com os dados do tipo de amostra, número de registro da amostra e localidade de coleta.
Rotineiramente, são incluídos novos materiais esporo-polínicos provenientes de pesquisas de Palinotaxonomia, Melissopalinologia, Palinologia do Quaternário, etc.
Todo o material, pólen ou esporo, depositado na Palinoteca, foi medido, descrito morfologicamente, fotografado e apresentado em publicações científicas que se encontram disponibilizadas para a consulta online ou em bibliotecas.
ACESSO À COLEÇÃO – PRESENCIAL
Para a realização de consultas a coleção da Palinoteca, é necessário preencher o Formulário de Agendamento PALINO-IPA, explicando a necessidade de uso, e enviá-lo junto a um e-mail para o seguinte endereço eletrônico: ipa.palino@sp.gov.br.
O Laboratório de Palinologia – PALINO-IPA atende aos pesquisadores científicos do IPA, bem como pesquisadores, profissionais, pós-graduandos e graduandos de outros órgãos e instituições, consultores e profissionais diversos, para o desenvolvimento de seus projetos.
Atualmente, a acessibilidade dos dados da Palinoteca somente é realizada no próprio Laboratório de Palinologia PALINO-IPA, através da consulta in loco, sem intercâmbio (empréstimo, doação e permuta). É proibida a retirada ou mesmo empréstimo de lâminas pertencentes à Palinoteca, do acervo fotográfico ou bibliográfico, sem a prévia avaliação do curador ou seu substituto.
LOCALIZAÇÃO
Unidade Jardim Botânico -IPA, Prédio 4, segundo andar, Laboratório de Palinologia PALINO-IPA
CONTATOS
PALINO-IPA (ipa.palino@sp.gov.br)
telefone: 5067-6098
CURADORA:
Coleções do IPA
- Banco Ativo de Germoplasma de Arbóreas Nativas
- Banco Ativo de Germoplasma de Arbóreas Exóticas
- Banco de Sementes
- Coleção de Plantas Vivas do Jardim Botânico de São Paulo
- Culturas de Algas
- Culturas de Fungos Basidiomicetos
- Culturas de Fungos Terrestres e Aquáticos
- Extratoteca
- Herbário SP
- Herbário SPSF
- Litoteca
- Paleontológico
- Palinoteca
- Petrográfica
- Xiloteca SPSFw