SOBRE

As briófitas são representadas por três divisões: antóceros (Anthocerotophyta), hepáticas (Hepatophyta) e musgos (Bryophyta).

É um grupo muito diverso, podendo ser encontrado nos mais variados ambientes, com exceção do ambiente marinho. No mundo, existem cerca de 15 mil espécies de briófitas, sendo que no Brasil ocorrem aproximadamente 1.625 espécies.

HISTÓRICO

O Herbário Seccional de Briófitas (SP-BRYOPHYTA) teve início com as coletas de Frederico Carlos Hoehne (especialista em orquídeas), na “Reserva Biológica do Alto da Serra de Paranapiacaba”, e de sua interação com o estudioso de briófitas alemão Theodor Herzog. Essa interação motivou o crescimento da coleção (cerca de 5 mil amostras naquela época) e o interesse de Hoehne em trazer de volta ao Brasil as briófitas coletadas por Puiggari, na “Comissão Geográfica e Geológica do Estado de São Paulo”, que haviam sido levadas para a Inglaterra.

Após um período sem incremento na coleção, o pesquisador Daniel Moreira Vital teve grande contribuição, de um lado pelo seu enorme esforço de coleta e pesquisa e, de outro, pela grande interação com estudiosos de outros países. Essa interação resultou no recebimento de amostras de todo o mundo e, principalmente, de duplicatas de amostras históricas coletadas no Brasil, como a “Bryoteca Brasiliensis” coletada por Ernst Ule. Nessa época, a coleção estava com cerca de 30 mil amostras, acondicionadas em caixas de metal e organizadas por família/gênero/espécie.

Na sequência, a pesquisadora Olga Yano, em suas pesquisas pelo Brasil, realizando coletas próprias e em conjunto com seus alunos, expandiu a coleção, chegando a 80 mil amostras. Nessa época, a coleção foi reorganizada em ordem crescente de número de registro e acondicionada em armários deslizantes.

IMPORTÂNCIA e USOS

O Herbário Seccional de Briófitas é atualmente a maior coleção de briófitas da América Latina. Tem como objetivo realizar a guarda, a preservação e a manutenção das amostras depositadas, possibilitando e subsidiando a pesquisa científica.

Devido ao seu valor histórico e científico, o acervo é fonte de material e de dados para pesquisas, como:

  • Identidade das espécies depositadas (incluindo a descrição de espécies novas);
  • História da origem das amostras e dos coletores, mostrando a diversidade geográfica;
  • Química das espécies ou dos substratos onde elas crescem (troncos, solo, etc.);
  • Traços de poluentes e elementos radioativos das áreas originárias das amostras;
  • Fauna (animais que foram preservados junto com as amostras);
  • Grãos de pólen que contam a história do entorno do local onde essas amostras foram coletadas; entre outros.

A coleção recebe, em média, 10 consulentes por ano e são realizados, aproximadamente, 3.000 intercâmbios de amostras de briófitas com outras instituições de pesquisa.

DESCRIÇÃO DO ACERVO

Atualmente a coleção possui 160 mil amostras de briófitas e mais de 300 materiais tipo.

A amostragem é representativa de todos os estados e ecossistemas brasileiros e de outros 99 países. Está organizada em ordem alfabética de gênero, possuindo 1.008 gêneros de todo o mundo.

O número de exsicatas em briófitas normalmente não corresponde à amostra de uma única espécie, pois, inúmeras vezes, existem várias espécies na mesma exsicata. Dessa maneira, o número de exsicatas é menor que o número de registros de espécies que ela representa. 45% da coleção ainda precisa ser identificada, assim, existe muita diversidade já preservada neste herbário para ser conhecida.

A capacidade instalada no instituto, para armazenamento de amostras de briófitas, comporta três vezes a quantidade de amostras depositadas atualmente.

ACESSO À COLEÇÃO – VIRTUAL

A coleção de briófitas do IPA está 100% informatizada (programa BRAHMS) e pode ser acessada através das redes speciesLink (speciesLink) e GIBF – The Global Biodiversity Information Facility (SP-Bryophyta- gbif.org).

ACESSO À COLEÇÃO – PRESENCIAL

A coleção pode ser consultada presencialmente.

As visitas para consulta ao acervo devem ser agendadas com o curador, através do e-mail dperalta@sp.gov.br.

Há uma sala de apoio para análise das amostras com lupa e microscópio.

LOCALIZAÇÃO

IPA Unidade Jardim Botânico, Prédio 4 – Térreo.

CONTATO

Denilson Fernandes Peralta (dperalta@sp.gov.br)

telefone: (11) 5067-6115

CURADOR

Coleções do IPA