25/06/2024

No dia 15 de junho, sábado, ocorreu um incêndio florestal no Morro dos Mineiros no município de Ilhabela, Litoral Norte de São Paulo. O fogo atingiu o Parque Estadual de Ilhabela, área gerida pela Fundação Florestal (FF) e que conta com servidores do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA). A contenção do fogo foi feita após uma força-tarefa do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Prefeitura de Ilhabela, Polícia Ambiental e agentes do Parque, que se uniram em um esforço conjunto para proteger a comunidade e o Meio Ambiente. O incêndio ocorreu por volta das 15h e o fogo foi apagado com a utilização de abafadores por volta das 22h, após sete horas de combate.

Compondo a equipe do Parque, estiveram em ação no combate ao incêndio Marco Aurélio Alves do Nascimento e Dorival Roberto dos Santos, servidores do IPA, João Ivomar Araujo, guarda-parque da FF, Paulo Roberto dos Santos, servidor da Coordenadoria de Fiscalização e Biodiversidade (CFB) da Secretaria de Meio Ambiente Infraestrutura e Logística (Semil) do estado de São Paulo, além de Jean Carlos Souza Teixeira e Jonathan Renoud dos Santos, vigilantes terceirizados.

O Parque Estadual de Ilhabela

O Parque Estadual de Ilhabela é um Parque-Arquipélago. A Unidade de Conservação foi criada em 1977 e engloba 85% do município de Ilhabela, a ilha de São Sebastião, sede do município, as ilhas dos Búzios, da Vitória, entre outras formações, totalizando 27.025 hectares. São praias exuberantes. Cristas e picos de montanhas com mais de 1.300 metros de altitude cobertos de floresta. Milhares de córregos e riachos que se lançam pelas encostas em mais de 250 cachoeiras de todos os tamanhos. A Mata Atlântica e seus ecossistemas associados, como a restinga e o mangue, abrigam centenas de mamíferos como o macaco-prego, o caxinguelê e a cada vez mais rara jaguatirica. Alguns endêmicos como o cururuá, um rato peludo que vive na restinga arbórea de Ilhabela. Tucano, maritaca, tiê-sangue, macuco, gavião-pega-macaco, jacu e jacutinga, entre outros pássaros, compõem a avifauna do Parque. Além do patrimônio natural, Ilhabela preserva a riqueza da cultura caiçara.

Operação São Paulo Sem Fogo

O estado de São Paulo conta com o Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, criado pela Lei estadual nº 10.547, de 02 de maio de 2000 e regulamentado pelo Decreto estadual nº 56.571, 22 de dezembro de 2010. O Sistema, que no período de junho de 2011 a maio de 2023 foi chamado de Operação Corta-Fogo, recebeu um novo nome e a partir de junho de 2023 passou a ser denominado de Operação São Paulo Sem Fogo. Dentre os objetivos da Operação, destacam-se os seguintes:

  • Diminuir os focos de incêndio no estado;
  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) oriundas das queimadas;
  • Proteger áreas com cobertura vegetal contra incêndios;
  • Erradicar a prática irregular do uso do fogo, respeitando o disposto no Decreto Estadual nº 56.571/2010;
  • Fomentar o desenvolvimento de alternativas ao uso do fogo para o manejo agrícola, pastoril e florestal.

A Operação São Paulo Sem Fogo é formada por diversos órgãos estaduais. A articulação entre essas instituições ocorre por meio de um comitê executivo, que tem como objetivo delinear ações para o cumprimento dos princípios e diretrizes da política estadual relacionada aos incêndios florestais.