02/10/2023

De agosto a outubro, o EducaTrilha na Escola tem promovido a realização de 30 visitas de escolas municipais, estaduais e particulares na Estação Experimental de Tupi. As atividades foram planejadas e conduzidas pelos professores, com o apoio pedagógico e técnico das instituições realizadoras. Incluíram jogos, música, dinâmicas de sensibilização, quiz, piquenique, dentre várias outras atividades, realizadas na Trilha da Biodiversidade, em frente ao Centro de Visitantes e nos quiosques. Estudantes da educação infantil, do ensino fundamental e médio puderam conhecer o local e aprender sobre diversos temas socioambientais. Maria Luísa Bonazzi Palmieri, especialista ambiental do Instituto de Pesquisas Ambientais e coordenadora do programa, explica a proposta: “É muito gratificante ver esse fruto de todo o processo formativo e de tutoria: visitas educativas integradas com os projetos de educação ambiental, cultural, de saúde e bem estar desenvolvidos nas escolas, nas quais professores e estudantes têm uma oportunidade ímpar de vivência no ambiente natural e aprendizagem, em um processo em que eles são os protagonistas, complementando e potencializando o trabalho realizado na escola”.

A professora Débora Cagale, da Escola Municipal Prof. José Pousa de Toledo, que está localizada no bairro Bosques dos Lenheiros, relatou que a visita dos alunos do 3°ano B e representantes das demais turmas “foi cheia de aventuras e muito significativa para a aprendizagem acerca da preservação ambiental”. Ela destacou o encantamento dos alunos com algumas experiências: “Logo que chegaram se surpreenderam com a quantidade e diversidade de árvores e com o lago. Eles se encantaram também com os animais que lá habitam, como a família de macacos-pregos que no agraciou com a sua presença. Alguns alunos disseram que foi o melhor passeio que já fizeram na vida! Foi incrível! Gratidão ao programa EducaTrilha por nos proporcionar momentos como esse, que com certeza impactou a vida de cada um de nós de forma muito positiva!”.

As visitas aconteceram em um contexto de realização de diversos encontros formativos e de tutoria. No dia 28 de setembro, por exemplo, o tema do encontro formativo, realizado no Núcleo de Educação Ambiental (NEA-SIMAP), foi “Estratégias de avaliação e de continuidade de projetos de Educação Ambiental em escolas”, no qual os professores puderam dialogar com diversos membros da equipe realizadora e de apoio sobre como avaliar seus projetos nas escolas e pensar nas estratégias de continuidade, considerando as dimensões propostas pela ANPPEA (Articulação Nacional de Políticas Públicas de Educação Ambiental): 1- Diagnóstica; 2- Participação e construção coletiva; 3- Subjetividade; 4- Intervenção socioambiental; 5- Complexidade; 6- Comunicação; 7- Institucional; e 8- Formação dialógica.

Luciene Hellmeister, professora de Português e Inglês da Escola Estadual Dr. Alfredo Cardoso, contou sobre a experiência: “É com muito orgulho que estou participando deste projeto. Aprendi muito nesse encontro e espero poder replicar esses ensinamentos para todos os meus alunos”.

A partir dos trabalhos realizados na escola, os professores elaboram um portfólio, no qual os mesmos relacionam as atividades desenvolvidas com os critérios de pontuação do programa. Esse documento é analisado por uma banca de especialistas no tema e aos professores das escolas vencedoras ganham uma viagem a uma área protegida administrada pela Fundação Florestal escolhida por eles, sendo que neste ano será o Núcleo Picinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar.

Nesse contexto, para solucionar as dúvidas dos professores sobre a elaboração do portfólio, foi realizado um encontro formativo, também no NEA, no dia 05 de outubro. Além de um momento de orientação individual, cada escola também pôde compartilhar com as demais os trabalhos realizados, em um momento de troca e aprendizagem. Ricardo Brunetti, professor de Educação Física da Escola Estadual Manoel Dias de Almeida, comentou sobre a experiência: “Foi sensacional ver todos engajados no EducaTrilha. Eu também fui ‘contaminado’. Foi muito legal a troca, ver os cartazes das outras escolas. Também tirei as dúvidas sobre o portfólio”.

Todo esse processo formativo com as visitas ao Horto só é possível pela dedicação e empenho de todos os realizadores e apoiadores, assim como pelo patrocínio que temos no Programa. Favorecer atividades de Educação Ambiental com encontros formativos durante todo o ano letivo, com as visitas ao Horto e a uma área natural do Estado de São Paulo, é algo desafiador e impossível de realizar apenas no âmbito da Prefeitura. Por isso, as parcerias e patrocínios são fundamentais para o sucesso do Programa, complementa Laís Ferraz de Camargo, educadora ambiental do NEA-SIMAP.

A edição 2023 do “EducaTrilha na Escola” (4ª edição), que conta com o patrocínio da OJI Papéis e da CJ do Brasil, é uma realização conjunta do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), da Prefeitura de Piracicaba (através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente de Piracicaba – SIMAP), do Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/ESALQ/USP) e da Fundação Florestal (FF). O programa tem o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME), da Secretaria Municipal de Ação Cultural (SEMAC), da Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba, do Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA), do Programa Germinar, da OSCIP Pira21 – Piracicaba realizando o futuro, da Fundação Triunfo, do Movimento Tô Aqui, da Aiôn Socioambiental, do Movimento pela Educação Humanizadora (MOVEH), do Imaflora, do Instituto Olinto Marques de Paulo (OMP) e da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ (Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa – GEDePE, Programa USP Recicla, Grupo de estudos e práticas para o uso racional da água – GEPURA, Centro de Estudos e Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais – CEPARA, Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza, Museu de Ciências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz”, PET Ecologia e Núcleo de Apoio à Cultura e Extensão Universitária em Educação e Conservação Ambiental – NACE-PTECA).

Texto: Maria Luísa Bonazzi Palmieri