No último dia 18 de maio, foi realizado o 5º encontro do “EducaTrilha na Escola” 2023, na Estação Experimental de Tupi (Horto de Tupi), com o tema “Diagnosticando questões socioambientais e culturais na escola e no entorno”.

Nesse encontro, foi apresentado o biomapa como possibilidade de metodologia de diagnóstico das questões socioambientais e culturais na escola e no entorno. A especialista ambiental do Instituto de Pesquisas Ambientais, idealizadora e coordenadora do programa, Maria Luísa Bonazzi Palmieri explica como funciona essa ferramenta: “É construído um mapa da região onde a escola está localizada a partir do conhecimento dos participantes, identificando-se áreas verdes, espaços de depósito irregular de resíduos, locais onde ocorrem ações comunitárias, rios e tantos outros elementos relacionados com a realidade socioambiental e cultural local. Trata-se de uma forma de mapear o território para planejar ações de intervenção”.

Após essa apresentação, os professores, em grupos, dialogaram sobre outras possíveis ferramentas para se desenvolver o diagnóstico, considerando as seguintes dimensões: recorte do território, história e cultural local, realidade socioeconômica, desafios ambientais e pessoas e instituições presentes no território. Laís Ferraz de Camargo, educadora ambiental do Núcleo de Educação Ambiental da SIMAP, destaca a importância de os projetos serem construídos a partir do diagnóstico da realidade local: para um projeto socioambiental ser bem sucedido e alcançar a comunidade, é fundamental que ele seja construído de forma participativa e a partir da realidade do território. Para isso, os projetos escolares têm grande potencial de capilaridade, já que é na escola que grande parte da comunidade convive.

Nesse encontro, também foi feita uma apresentação, pela professora Camila Duarte, da Escola Estadual Olívia Bianco, sobre o portfólio do ano passado, um dos ganhadores do concurso. Assim, os professores puderam ver um exemplo do documento que entregarão ao final do ano, com todas as atividades desenvolvidas e sua relação com os critérios de avaliação do programa.

Na parte final da manhã, os professores, considerando todo o diálogo feito previamente na escola e no encontro sobre o diagnóstico, escolheram os temas que irão trabalhar. Esses temas serão utilizados como base para a organização das equipes de tutoria, que auxiliarão as escolas no desenvolvimento de seus projetos. Os temas escolhidos abrangem propostas de revitalização do espaço escolar e entorno (com a criação de hortas, plantios de árvores, criação de jardins sensoriais etc.), trabalhos educativos com resíduos e água, alimentação saudável, saúde e bem estar, melhoria das relações interpessoais, resgate histórico da comunidade escolar, combate à violência, entre outros.

A coordenadora da escola particular Espaço Cirandarte Carla Aparecida Manesco Maciel fala de seus aprendizados nesse encontro: “O encontro de hoje me ajudou a pensar o diagnóstico da realidade da escola, abriu meu olhar sobre coisas que eu não havia pensado. É muito bom poder contar com o apoio dessa equipe do EducaTrilha na Escola para desenvolver os projetos”. Erica Alves de Lima, professora polivalente da Escola Municipal “José Pousa de Toledo” também elogia a proposta: “O encontro de hoje foi maravilhoso, abiu minha cabeça para conseguir escolher o tema  ser trabalhado na escola, dentre todos os problemas que temos. Estou aprendendo mais a cada dia, para poder levar isso para a escola, abrindo os horizontes dos alunos também”. Everaldo x, professor de Geografia da Escola Estadual “Dr. João Sampaio” complementa: “O encontro foi muito produtivo, proporcionou grandes aprendizagens e ampliou a minha visão sobre educação ambiental e sustentabilidade”.

A edição 2023 do “EducaTrilha na Escola” (4ª edição), que conta com o patrocínio da OJI Papéis e da CJ do Brasil, é uma realização conjunta da Prefeitura de Piracicaba (através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente de Piracicaba – SIMAP), do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), do Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/ESALQ/USP) e da Fundação Florestal (FF). O programa tem o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME), da Secretaria Municipal de Ação Cultural (SEMAC), da Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba, do Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA), da OSCIP Pira21 – Piracicaba realizando o futuro, da Fundação Triunfo, do Movimento Tô Aqui, da Rotas Afro, Movimento pela Educação Humanizadora (MOVEH), do Instituto Olinto Marques de Paulo (OMP) e da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ (Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa – GEDePE, Programa USP Recicla, Grupo de estudos e práticas para o uso racional da água – GEPURA, Centro de Estudos e Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais – CEPARA, Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza e Museu de Ciências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz”).