No dia 11 de junho, a Estação Experimental de Itirapina foi palco de uma visita pedagógica com foco na formação de educadores para o uso da cartilha “Estação Biodiversidade”. Voltada a educadores da região, a publicação traz sugestões de atividades que podem ser realizadas durante as visitas com os alunos às estações Ecológica e Experimental do município.

“O intuito foi vivenciar as atividades propostas no material e, a partir das mesmas, realizar reflexões sobre diversos temas socioambientais relacionados ao cerrado e à história e ao papel das áreas protegidas”, destacou Maria Luísa Palmieri, especialista ambiental do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e coordenadora do grupo.

Durante a visita, foram trabalhados temas como: as características do bioma cerrado; a importância dos campos abertos; o papel do fogo – tanto natural quanto provocado pela ação humana – e seus impactos sobre a vegetação e a fauna; o líquen, organismo que representa relações de cooperação na natureza e atua como bioindicador da qualidade do ar; o monitoramento do lobo-guará; os desafios enfrentados por espécies como a ema e a possibilidade de reintrodução da ave na área; o histórico do Pinus na região; e o papel da represa e dos espaços naturais para o bem-estar humano.

A atividade foi organizada pelo Grupo de Trabalho de Educação Ambiental, Uso Público e Ações na Comunidade do Conselho Consultivo da Estação Ecológica de Itirapina. “Conselhos Consultivos participativos são de grande importância para uma gestão eficiente, integrada e alinhada aos anseios da sociedade do entorno das Unidades de Conservação. O material do projeto “Estação Biodiversidade”, desenvolvido e agora aplicado aos professores, cria uma ponte entre a Estação Ecológica de Itirapina e a rede de ensino”, destacou Rodrigo Campanha, gestor das estações Ecológica e Experimental de Itirapina.

O encontro reuniu professoras e professores da rede pública comprometidos com a transformação da educação ambiental em sala de aula. Também participaram representantes das prefeituras de Itirapina e Brotas, da Fundação Florestal, da Universidade Federal de São Carlos e da Associação Meninos da Aracy de Itirapina.