No dia 13 de novembro, aconteceu a 13ª edição do Seminário Frutos da Mata Atlântica – o sabor da biodiversidade. O objetivo do evento é, através do diálogo entre pesquisadores e produtores, estimular o plantio, o consumo e a pesquisa de científica de espécies frutíferas nativas do bioma com potencial comercial.  Além de palestras, mesas de debates e atividade de campo, o evento contou com uma feira de agricultores familiares, com exposição, degustação e comercialização de produtos típicos. O encontro, organizado pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) junto a parceiros, foi realizado presencialmente no município de Registro/SP, na unidade do “Canal Direto – SP + Perto” e contou com transmissão online.

Abrindo os trabalhos, Carlos Alberto da Silva Filho, do Instituto H&H Fauser, apresentou o “Projeto Sítio do Bello: Produção de frutas nativas em Sistemas Agroflorestais”. Em seguida, a bióloga Camila Alonso, egressa do programa de pós-graduação do IPA, ministrou palestra sobre a grande capacidade regenerativa das plantas do gênero Eugenia, no qual está inclusa a popular pitanga (Eugenia uniflora). Sua pesquisa com o cambuí-roxo (Eugenia candolleana) foi divulgada recentemente no site do IPA. Izabel Gil, pesquisadora em desenvolvimento regional e coordenadora do Projeto Jatobá no Espigão Divisor Aguapeí e Peixe, deu prosseguimento aos trabalhos. Ela fez uma apresentação sobre a cadeia produtiva do jatobá (Hymenaea courbaril) e sua potencialidade para a regeneração da Mata Atlântica do Oeste Paulista, a geração de trabalho e renda e o fornecimento serviços ambientais.

Ao final da manhã, foi realizada uma mesa redonda com o tema “Perspectivas para desenvolvimento de essências nativas da Mata Atlântica”. Além dos palestrantes, a mesa de debates contou com a participação de Roberto Resende, da Iniciativa Verde, e do chef de cozinha Édipo dos santos. A atividade foi moderada por Tais Cristina Canola, diretora da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) Regional.

O pesquisador científico Miguel Freitas, do IPA, mediou os trabalhos ao longo do dia. Duranto o intervalo, foram servidos bolo vegano de jatobá, nutella vegana de jatobá, pão de jatobá, manteiga de jatobá, geleia de frutas sazonais, entre outros produtos.

No período tarde, o pesquisador Ocimar Bim conduziu os participantes do Seminário em uma visita técnica ao pomar de frutíferas e unidade demonstrativa de Sistemas Agroflorestais (SAFs) da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”(Unesp) de Registro.

O evento foi organizado pelo IPA, em parceria com a Abjica – Associação dos Bolsistas JICA (Japan International Cooperation Agency), e coordenado pelo pesquisador científico Luiz Alberto Bucci. O Seminário teve apoio da Prefeitura de Registro, ONG Versta, Canal Direto – SP + Perto, Iniciativa Verde, Cati, Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Unesp, Fundação Florestal, Instituto H&H Fauser, Bunkyo de Registro, Associação Nippo-brasileira do Bairro da Raposa e Sítio do Bello.

O Frutos da Mata Atlântica foi criado em 2012, pelo então Instituto Florestal (atual IPA), com o objetivo de difundir as frutas do bioma que tivessem potencial comercial. Inicialmente realizado na capital paulista, com os anos o evento cresceu e em 2016 foi levado para Registro para que geograficamente ocorresse mais próximo dos produtores rurais que já trabalhavam com esses produtos.

O Jornal da Tribuna cobriu o evento na imprensa. Assista no link: https://globoplay.globo.com/v/13099213/

Assista às palestras e mesas de debates no Youtube: