No dia 11, última quinta-feira, foi realizado o segundo encontro formativo do Programa EducaTrilha, com o tema “Vivências na Estação Experimental de Tupi”.

O encontro começou com uma dinâmica chamada “abraço da biodiversidade” conduzida por Henrique Ferraz de Campos, coordenador técnico do projeto Corredor Caipira, que comentou sobre a atividade: “Foi muito inspirador trabalhar essa dinâmica no encontro. Trata-se de uma atividade que traz a potência do corpo como instrumento de aprendizado.  De maneira lúdica e descontraída, os participantes percebem a importância da biodiversidade para promoção e sustentação da vida e como os mecanismos de cooperação da floresta podem inspirar nossa convivência em sociedade.”

A manhã seguiu com a relação da trilha na biodiversidade, na qual foram realizadas atividades sensoriais (inclusive com o uso de vendas), utilizou-se a fotografia como forma de aguçar a percepção e também foi abordada a história do Horto e o seu papel socioambiental.

Maria Luísa Bonazzi Palmieri, especialista ambiental do Instituto de Pesquisas Ambientais, idealizadora e coordenadora do programa, destacou: “Nesse encontro, buscamos propiciar aos professores diversas vivências no Horto, para que possam ter repertório para o planejamento das visitas dos estudantes, que será feito no próximo encontro”.

“As vivências proporcionam um aprendizado para além do racional, que envolve o corpo e os sentimentos, conduzindo os participantes a uma experiência de maior conexão consigo mesmos e com o ambiente natural, algo fundamental tanto para a saúde quanto para o cuidado com o meio ambiente”, complementa Eloise De Vylder, educadora ambiental do NEA.

O encontro foi finalizado com a construção da “mandala do desapego”, conduzida por Elizabeth da Silveira Nunes Salles, do “Pira na Paisagem”, que explanou sobre a atividade: “A mandala do desapego é uma atividade que potencializa o resgate e compartilhamento das percepções e experiências vivenciadas durante um encontro. E ainda a atividade proporciona reflexões sobre padrões de consumo e a importância de estar flexível às mudanças e aberto às novas experiências e saberes”.

Anne Carolina de Campos Coral Negri, professora de educação infantil da Escola Municipal “Hilde Maluf Junior” afirmou sentir-se estimulada com a atividade: “Foi uma experiência rica que despertou potências vitais, estimulando os sentidos, reconectando-nos à nossa própria essência natural”. Patrícia Michele Pires Carreiro, professora de Ciências da Escola Estadual Carolina Mendes Thame, por sua vez, destacou seus aprendizados: “Aprendi sobre a importância da conservação da biodiversidade e como as atividades humanas podem afetar o meio ambiente.  Além disso, o EducaTrilha nos proporcionou uma ótima oportunidade para exercitar-se ao ar livre, aliviar o estresse e apreciar a beleza natural. Para mim, o encontro foi um momento e paz e sabedoria”.

Fernanda Cristina C. Brossi Trimer, orientadora educacional do Instituto Saber, manifestou sua satisfação com a experiência: “Eu estava com saudades de estudar e estar num grupo de pessoas que estão numa busca. Eu senti muita simplicidade na forma como conteúdos que podem ser complexos foram passados. O fato de termos tido 3 horas de aula em pé e sem parar foi surpreendente, pois não senti o tempo passar e ao mesmo tempo me senti nutrida, pois meu dia a dia é entre muito barulho e falta de natureza. Esse convite a nos reconectarmos e nos autodesenvolvermos para levarmos uma mudança para a escola onde atuamos é um convite à esperança, para irmos além de apostilas”.

O EducaTrilha na Escola é um programa de educação ambiental, cultural, inclusiva e de promoção de saúde e bem-estar no enfrentamento às mudanças socioambientais globais, realizado com escolas por meio de um processo formativo e um concurso de projetos educativos que incluem visitas à Estação Experimental de Tupi. Esse programa oferece encontros formativos e de tutoria aos professores e tem um papel integrador em relação às demais iniciativas de educação ambiental e cultural no âmbito escolar. O prêmio para as escolas vencedoras é uma viagem pedagógica com representantes das mesmas (professores, coordenadores e/ou gestores) a uma área protegida do Estado de São Paulo administrada pela Fundação Florestal, definida de forma conjunta pela equipe organizadora e participantes dos encontros formativos.

A edição de 2024 do EducaTrilha na Escola é patrocinada pela CJ do Brasil e realizada pelo Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), Prefeitura de Piracicaba (através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente de Piracicaba – SIMAP), Corredor Caipira, Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/ESALQ/USP) e Fundação Florestal (FF). A iniciativa tem, ainda, o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME), da Secretaria Municipal de Ação Cultural (SEMAC), da Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba, do Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA), do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Piracicaba (COMDEMA), da Comissão Municipal de Mudanças Climáticas de Piracicaba (COMCLIMA), da OSCIP Pira 21 – Piracicaba realizando o futuro, da Fundação Triunfo, do Movimento Tô Aqui, do Instituto CLQ, do Imaflora, da Rotas Afro,  da Casa do Hip Hop, da OSCIP Novo Encanto, da Pira na Paisagem e da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ (Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa – GEDePE, Programa USP Recicla, Centro de Estudos e Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais – CEPARA, Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza – CRECIN, Museu de Ciências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz” e PET Ecologia).