
06/02/2024
De 30 de janeiro a 2 de fevereiro, aconteceu o I Curso de Verão do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), realizado na unidade Jardim Botânico da instituição, na capital paulista. O evento foi organizado por uma comissão de alunos do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente e teve como objetivo fornecer aos participantes conceitos fundamentais em biologia de fungos, algas, plantas avasculares e plantas vasculares, abrangendo as principais linhas de pesquisa do Programa: Sistemática, Biologia Estrutural, Fisiologia e Ecologia. O curso também teve como objetivos a integração entre os pós-graduandos e profissionais da área da educação, além da divulgação das pesquisas desenvolvidas durante a formação dos alunos.
Ao longo dos quatro dias de curso, a programação diversificada contou com sete palestras, sete minicursos e uma oficina, que incluíram aulas teóricas, práticas e visitas a campo. As atividades foram ministradas por alunos da pós-graduação, pesquisadores e assistentes de pesquisa do IPA e convidados de outras instituições.
“A participação como palestrante em um dos minicursos e na comissão organizadora foi uma oportunidade de compartilhar o conhecimento que construímos durante a nossa formação e no desenvolvimento das pesquisas. Também foi importante a integração com outros alunos e funcionários do IPA. Pudemos conhecer melhor outras áreas e pesquisas desenvolvidas na instituição”, relata Edson dos Santos, aluno da pós-graduação.
Dentre os participantes estavam estudantes de graduação e pós-graduação, além de profissionais de diferentes áreas de atuação, vindos tanto da região metropolitana e do interior de São Paulo, como de outros estados. A pesquisadora científica do IPA Tania Cerati, que ministrou uma palestra na abertura da programação, considerou que o curso foi uma excelente iniciativa dos alunos. “O cronograma possibilitou aos inscritos, oriundos de diferentes instituições de ensino superior, conhecer algumas linhas de pesquisas, acessar os laboratórios nas aulas práticas e refletir sobre as questões ambientais atuais”, comenta a pesquisadora.
Segundo a presidente da comissão organizadora, Mariana Fernandes, aluna da pós-graduação e ministrante de um dos minicursos, a experiência da realização do curso possibilitou aos pós-graduandos, enquanto pesquisadores, de transpor os muros da instituição e divulgar o conhecimento produzido para a comunidade. “Foi uma oportunidade de devolutiva social a quem nos mantém (visto que o IPA é um instituto público estadual), uma espécie de contrapartida à todas e todos que contribuem com seus impostos para a manutenção da excelência desse espaço que nos forma mestres e doutores. Ao mesmo tempo, como alunas e alunos de pós graduação, é a chance de experimentar, durante a nossa formação, a vivência da sala de aula, o desafio da docência. Isso tudo, entretanto, é o aspecto técnico do que a organização do curso oportuniza. De um ponto de vista menos cartesiano, essa experiência foi capaz de promover troca de saberes, troca de vivências, incontáveis e diferentes aprendizados, aspectos que transcendem a minúcia e racionalidade da ciência e percorrem a seara do subjetivo e da complexidade do ser humano”, conclui Mariana.
O programa de pós-graduação do IPA
Criado em 2002, o Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente oferece formação em níveis de mestrado e doutorado em duas áreas de concentração: Plantas Avasculares e Fungos em Análises Ambientais (PAF) e Plantas Vasculares em Análises Ambientais (PVA). O programa aborda, de forma multidisciplinar, estudos sobre plantas, fungos e ecossistemas, contribuindo para a formação de profissionais habilitados a atuarem na realização de pesquisas, avaliação de impactos ambientais, conservação e uso sustentável da biodiversidade, recuperação de ecossistemas, além de estudos voltados à biotecnologia tanto de plantas vasculares e avasculares, como de microrganismos, tais como prospecção de fármacos, toxinas e substâncias bioativas.