No dia 31 de agosto, foi realizado o 9° encontro formativo do “EducaTrilha na Escola”, na Estação Experimental de Tupi (Horto de Tupi). Maria Luísa Bonazzi Palmieri, especialista ambiental do Instituto de Pesquisas Ambientais explica sobre a proposta do encontro: “Nessa manhã, a ideia foi unir a participação social (que começa com o protagonismo dos estudantes) com a comunicação não violenta, de modo a trazer reflexões aos professores sobre a relação desses temas com o cotidiano escolar”.

A primeira parte do encontro foi conduzida pelos estudantes da Escola Estadual “Pedro de Mello”, que participam do programa “PJ Tupi: educação integral e ambiental” desenvolvido no Horto. Os estudantes desenvolveram uma dinâmica de integração com os professores e depois apresentaram diversas experiências de protagonismo estudantil. Giovana Capin Borba, coordenadora da Escola Estadual “Pedro de Mello”, comentou sobre a atividade: “O evento proporcionou uma experiência ímpar aos alunos envolvidos. Além da visibilidade dos trabalhos desenvolvidos, os alunos tiveram a oportunidade de exercer o Protagonismo ao participarem do processo, desde a reunião de alinhamento para organização da atividade, até a condução da mesma”.

No segundo momento do encontro, o tema foi participação social e, em grupos, os professores dialogaram sobre as potencialidades e desafios de espaços de participação, tais como conselhos, comitês, associações etc. Carlos Silva, presidente da Associação de Moradores do Distrito de Tupi, que contribuiu com a atividade, falou sobre esse diálogo: “Participação social é sobretudo troca de experiência. Poder conversar e trocar experiência com diversos professores e professoras, de diversas escolas de Piracicaba, mesmo que por pouco tempo, proporcionou a todos um maior engajamento e ideias de como ter a sociedade civil dona de seus próprios sonhos e realizações”.

No último momento do encontro o tema foi Comunicação Não Violenta (CNV), na qual houve um breve vídeo introdutório sobre o tema e os professores criaram pequenas esquetes mostrando sobre como agiriam em situações na escola de forma espontânea e utilizando a comunicação a comunicação não violenta. Bruno Fernandes. Educador ambiental da SIMAP destacou: “Trabalhar essa relação entre o protagonismo, a participação e o diálogo, trazido a partir da perspectiva da ‘Comunicação Não Violenta’ foi um importante caminho para qualificar o processo de aprendizagem do “EducaTrilha na Escola’, que se inspira e busca na educação ambiental crítica a construção dos horizontes para comunidades e escolas sustentáveis, em suas múltiplas dimensões”.

Josilaine Caetano Guizo, professora de Química da Escola Estadual “Dr. Alfredo Cardoso falou sobre a importância e replicabilidade do encontro: “O encontro, foi muito produtivo, pois a apresentação dos alunos do Grêmio da escola Pedro Melo foi simplesmente um sonho para a maioria de nós, o Grêmio deles funciona em uma sintonia e responsabilidade que quase não pudemos acreditar que fosse real. A dinâmica sobre a CNV foi muito proveitosa para refletir sobre nossas próprias atitudes. Já repliquei no ATPCG”. Diogo Bittencourt Granjo Resende, professor de Biologia da Escola “Comendador Luciano Guidotti” complementou: “Foi muito inspirador, principalmente a visita do Grêmio da Pedro de Mello, e me deu muitas ideias para aplicar na minha unidade escolar”.

A edição 2023 do “EducaTrilha na Escola” (4ª edição), que conta com o patrocínio da OJI Papéis e da CJ do Brasil, é uma realização conjunta do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), da Prefeitura de Piracicaba (através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente de Piracicaba – SIMAP), do Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/ESALQ/USP) e da Fundação Florestal (FF). O programa tem o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME), da Secretaria Municipal de Ação Cultural (SEMAC), da Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba, do Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA), da OSCIP Pira21 – Piracicaba realizando o futuro, da Fundação Triunfo, do Movimento Tô Aqui, do Movimento pela Educação Humanizadora (MOVEH), do Instituto Olinto Marques de Paulo (OMP) e da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ (Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa – GEDePE, Programa USP Recicla, Grupo de estudos e práticas para o uso racional da água – GEPURA, Centro de Estudos e Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais – CEPARA, Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza e Museu de Ciências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz”).

Texto: Maria Luísa Bonazzi Palmieri