
22/08/2023
No último dia 17 de agosto foi realizado, no Núcleo de Educação Ambiental (NEA), o 8º encontro formativo do “EducaTrilha na Escola”, com o tema “Vivências artísticas em processos de educação ambiental”.
O encontro foi iniciado com a atividade “sons da natureza”, conduzida pelo diretor do Museu de Imagem e Som de Piracicaba Pedro Maurano, na qual os professores utilizaram instrumentos de percussão (como um bongô e bambus) para “conversar” com o Rio Piracicaba.
Em seguida, os participantes foram divididos em duas equipes: uma foi conduzida pela equipe da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente de Piracicaba e realizou pinturas com tintas naturais e outra, guiados pela equipe do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA) e Raízes de Tupi/Oca/ESALQ, fizeram o jogo da mímica, na qual precisavam refletir para imitar algo, como uma atitude sustentável por exemplo. Maria Luísa Bonazzi Palmieri, especialista ambiental do IPA, enfatiza o caráter pedagógico dessas atividades: “A oficina de tintas naturais pode ser uma atividade que desperte a reflexão sobre os impactos dos materiais usados no nosso dia a dia e como é possível fazer tintas com materiais da natureza, muito mais sustentáveis. Já a mímica pode proporcionar um momento descontraído e prazeroso de avaliação do que foi aprendido sobre determinado tema, por exemplo”.
No final do encontro, foi exibido o filme “Recife frio”, dirigido por Kleber Mendonça Filho, que, por meio da ironia e ficção, propõe reflexões sobre as mudanças climáticas em um contexto de desigualdade social. “Usar o audiovisual como uma atividade artística e educativa, pode potencializar os projetos escolares, trazendo diálogos e reflexões sobre alguma temática ambiental, assim como promover ações dos próprios estudantes na escola”, destaca Laís Ferraz de Camargo, educadora ambiental do NEA-SIMAP. Pedro Maurano, diretor do Museu de Imagem e Som de Piracicaba, complementa sobre o encontro como um todo: “A vivência artística no EducaTrilha criou um momento singular dos professores criarem um diálogo em comum através da expressão artística, como música, pintura e audiovisual”.
Elisabeth Leme, coordenadora da Escola Municipal João Otávio Ferraciú, comenta sobre seus aprendizados no encontro: “O encontro de hoje foi muito importante. Me incentivou a continuar com as lutas para melhoria da qualidade de vida e fortalecer ações e projetos que buscam o envolvimento e o pensar circular, integrando o cuidado”. Marina Lopes Juvenil, professora de História da Escola Estadual Dom Aniger, complementou: “Adorei pintar com as tintas naturais, achei que a ideia da mímica foi bem criativa, porque não vinha com uma resposta pronta do que tinha que encenar. Também gostei do documentário porque nos faz refletir sobre como essas coisas absurdas são próximas da nossa realidade”.
Cristina Martini, professora de Ciências e Biologia da Escola Estadual Mello Cotrin, falou sobre a aplicabilidade das atividades na escola: “As dinâmicas podem ser usadas em sala de aula, relacionando com várias disciplinas, e o vídeo provoca, a partir da ironia, uma reflexão sobre o aquecimento global e mudanças climáticas”.
A edição 2023 do “EducaTrilha na Escola” (4ª edição), que conta com o patrocínio da OJI Papéis e da CJ do Brasil, é uma realização conjunta do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), da Prefeitura de Piracicaba (através da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente de Piracicaba – SIMAP), do Laboratório de Educação e Política Ambiental (Oca/ESALQ/USP) e da Fundação Florestal (FF). O programa tem o apoio da Secretaria Municipal de Educação (SME), da Secretaria Municipal de Ação Cultural (SEMAC), da Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba, do Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA), da OSCIP Pira21 – Piracicaba realizando o futuro, da Fundação Triunfo, do Movimento Tô Aqui, do Movimento pela Educação Humanizadora (MOVEH), do Instituto Olinto Marques de Paulo (OMP) e da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – ESALQ (Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa – GEDePE, Programa USP Recicla, Grupo de estudos e práticas para o uso racional da água – GEPURA, Centro de Estudos e Pesquisa para Aproveitamento de Resíduos Agroindustriais – CEPARA, Centro de Referência em Ensino de Ciências da Natureza e Museu de Ciências, Educação e Artes “Luiz de Queiroz”).
Texto: Maria Luísa Bonazzi Palmieri
Notícias relacionadas
- Instituto de Pesquisas Ambientais promove atividades que conectam saúde, educação ambiental e inovação em Piracicaba
- Caminhada histórica realizada no Distrito de Tupi conta com o protagonismo dos estudantes da escola local
- Estudantes de graduação e pós-graduação da USP têm aula de campo na Estação Experimental de Tupi