10/07/2023

A revista Pesquisa Fapesp frequentemente produz matérias jornalísticas nas quais convida pesquisadores para comentar acerca de estudos importantes. Em sua mais recente edição, o pesquisador científico Denilson Peralta, do Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), botânico especialista em plantas sem flores, frutos e sementes que se reproduzem por esporos, como as briófitas, foi chamado para comentar artigo do periódico científico Nature Geoscience que aponta os musgos como grandes sumidouros de carbono.

A pesquisa indica que solos revestidos por musgos absorvem anualmente 6,43 bilhões de toneladas de carbono a mais do que solos sem esse tipo de vegetação. O trabalho contou com a participação de pesquisadores de todo o mundo, inclusive brasileiros. O estudo também calculou que a área do planeta ocupada por musgos corresponde a 9,4 milhões de quilômetros quadrados (km²), quase o tamanho do território da China. Essa extensão foi projetada a partir da coleta de amostras de 123 ecossistemas de todos os continentes. No Brasil, no entanto, foram incluídas apenas amostras do Cerrado.

Peralta aponta a relevância da pesquisa e a classifica como um dos mais importantes levantamentos sobre a disseminação e os serviços ambientais prestados pelos musgos. No entanto, apesar de reconhecer a impressionante estimativa da área global coberta por musgos, aponta algumas limitações do estudo, pois espécimes de musgos de importantes biomas brasileiros como a Mata Atlântica, a Amazônia e a Caatinga ficaram de fora.

Veja a matéria completa no site da revista Pesquisa Fapesp: https://revistapesquisa.fapesp.br/musgos-sao-grandes-sumidouros-de-carbono/

Crédito da Foto: Lyou Yin/Wikipedia Commons