
17/02/2023
O Dia Internacional de Mulheres e Meninas na Ciência, comemorado em 11 de fevereiro, foi instituído em 2015 pela Assembleia das Nações Unidas. Sob a liderança da UNESCO e da ONU Mulheres, a data é celebrada em diversos países, com o objetivo estimular a maior inserção das mulheres nos campos das Ciências.
São Paulo é o estado mais populoso do Brasil, com uma comunidade científica diversificada. As mulheres têm contribuído significativamente para a construção do conhecimento no estado, mas ainda enfrentam vários desafios, como preconceito de gênero, barreiras culturais e sociais, falta de representação e discriminação sistêmica. Segundo estudo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), as mulheres representam apenas 30% dos pesquisadores no Brasil.
Apesar desses desafios, as mulheres e meninas de São Paulo vêm quebrando barreiras e conquistando grandes marcos na ciência, com contribuições significativas para a pesquisa e a política ambiental paulista. Essas mulheres estão envolvidas em uma ampla gama de projetos de pesquisa e iniciativas que visam proteger e conservar o meio ambiente, e promover o desenvolvimento sustentável.
Diversas instituições de pesquisa e universidades vêm implementando medidas de apoio e de promoção das mulheres na ciência. Neste ano de 2023, O Instituto de Pesquisas Ambientais, comprometido com a equidade de gênero, promoverá atividades de popularização científica entre os meses de fevereiro e março, com o objetivo de dar visibilidade ao papel das nossas mulheres pesquisadoras e, ao mesmo tempo, apoiar jovens meninas em sua formação para a carreira científica.
No IPA a construção do conhecimento científico, o ensino e a inovação ocorre especialmente pelas mãos das mulheres que fazem a ciência acontecer. Com 63 pesquisadoras, 49% do corpo científico é de mulheres, com formação nas áreas de: Biológicas (65%); Humanas (12%); Exatas e da Terra (11%); Agrárias (9%); e Sociais Aplicadas (3%).
As mulheres estão presentes em quase a totalidade da estrutura organizacional do IPA, com representação em 1/3 das diretorias de departamento, 85% das diretorias de centros e 78% das diretorias de núcleos. Nos órgãos colegiados, as nossas cientistas equivalem a 67% dos membros do Conselho Científico, 50% do Conselho Editorial e 100% dos membros internos da Comissão de Ética.
As meninas cientistas do IPA participam na iniciação científica e nos cursos de mestrado e doutorado. Em suas atividades, elas são estimuladas a experimentar o fazer ciência ao mesmo tempo em que derrubam as barreiras culturais e sociais que impedem as meninas de seguir carreiras científicas.
A inserção de mulheres e meninas na ciência é um compromisso global do qual o Instituto de Pesquisas Ambientais partilha. Iniciativas destinadas a promover a equidade de gênero na ciência, abordar a lacuna de gênero e promover a atuação feminina na construção do saber são fundamentais para ajudar na construção de uma comunidade científica mais inclusiva e diversificada em São Paulo e além.
Nós, as mulheres que fazem ciência no IPA, convidamos você a conhecer um pouco mais do nosso trabalho na programação semanal divulgada nos meses de fevereiro e março!